sábado, 24 de março de 2012

Profissões que nunca sairão de moda


Investir seu talento para uma profissão que sempre terá espaço no mercado não é uma decisão fácil.
Devido ao aquecimento da economia, algumas profissões ficam mais atraentes do que outras, principalmente no quesito salário. Entretanto, há também outras que acabam desaparecendo com o tempo.
Confira a seguir, algumas profissões que nunca sairão de moda:

Professor

Enquanto pessoas precisarem de conhecimento, a carreira de professor nunca sairá de moda. Indiscutivelmente uma das profissões mais importantes, independente do local, a educação é um dos pilares que podem fazer a diferença para o crescimento de um país.
Listada entre as carreiras que mais trazem felicidade profissional, a profissão exige graduação em ensino superior. Como a remuneração não é uma das mais atraentes, a carreira é pouco valorizada no Brasil. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o piso salarial de um professor de nível médio de escolas públicas com uma jornada de 40 horas semanais é de 1.451 reais.

Médico

Ingressar nas principais faculdades de medicina do Brasil não é uma tarefa nada fácil. A rotina de um médico exige conhecimento profundo da saúde humana, desde a prevenção ao combate de doenças.
Desde há muito tempo, o papel do médico em conflitos, epidemias e catástrofes naturais é necessário. A atuação pode ser na rede pública ou privada de hospitais e há também a opção de atender em um consultório particular. É possível atuar em entidades não governamentais como o Médico Sem Fronteiras, que tem o objetivo de levar ajuda às pessoas necessitadas.
Segundo a Federação Nacional dos Médicos, o piso salarial de um médico é de 9.813 reais, para uma jornada de trabalho semanal de 20 horas.

Farmacêutico

Carreira tão indispensável quanto a de médico, entre fórmulas e drogas, o farmacêutico ajuda a aliviar sintomas de doenças. Além da atuação em laboratórios de análises clínicas, medicações, o profissional pode se enveredar em outra área que sempre haverá consumo, a de cosmetologia.
Enquanto existirem males para serem curados, essa profissão existirá. Segundo o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, o piso salarial de um farmacêutico que atua em farmácia e drogaria é de 1.950 reais.

Chef

A área de atuação para chefs de cozinha é razoavelmente ampla: é possível comandar cozinhas de pequenos restaurantes a hoteis de cinco estrelas.
A formação profissional também não é limitada, há desde chefs que desenvolveram seu talento sem passar por nenhuma escola de renome a profissionais que se destacaram em escolas como a francesa Le Cordon Bleu em Paris.
Enquanto houver pessoas destinadas a pagar por uma apetitosa refeição, haverá espaço para este profissional.

Consultor Financeiro

Nem todas as pessoas têm talento para administrar as finanças pessoais. O profissional pode atuar como autônomo ou em empresas, auxiliando seus clientes com seus investimentos e seguros.
Sempre haverá empresas e pessoas que precisam de auxílio de um profissional que tenha visão estratégica e conhecimento na área de finanças.

Engenheiro Químico

As habilidades deste profissional podem ser aplicadas em áreas como energia, tecnologia, medicina e na indústria de alimentos. Atualmente é difícil imaginar a fabricação de produtos sem o auxílio de um engenheiro químico.
De acordo com Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado de São Paulo, a remuneração mínima de um profissional formado até dois anos, que trabalha durante 40 horas semanais é de 3.775 reais.

Programador

Difícil apontar uma empresa que não dependa do computador, de softwares ou de sistemas para trabalhar. Trabalho para um bom programador não falta, tanto nos setores privado e público.
O sucesso na carreira depende da experiência e na especialização do profissional, mas há espaço em áreas como telecomunicações, bancos, indústrias, hospitais, entre outros.

Contador

Profissionais que têm facilidade com números devem apostar na área de Finanças e Contabilidade. Para muitos, o profissional é indispensável na hora de acertar as contas com o governo.
Além disso, é possível também atuar em empresas de grande porte e ajudar a traçar planos de investimento da empresa. A remuneração inicial de um analista contábil de uma empresa de pequeno a médio porte, de acordo com a tabela de salários, é de 1.5 a 3 mil reais mensais.
Exame

O diabo entra na briga entre Edir Macedo e Valdemiro

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Os hoje arqui-inimigos Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, e Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, convocaram o demônio para ajudá-los na batalha que travam pela alma e generosidade dos fiéis. Recentemente, em seu programa de TV, Macedo “interrogou” o diabo, que, supostamente encarnado em uma devota, “confessou” ter se instalado na igreja rival e ser o responsável pelas propaladas curas operadas por Valdemiro. As entrevistas com o demônio para difamar a concorrência passaram a ser recorrentes na programação da Rede Record. 
O chefe da Mundial, por sua vez, rebateu as acusações com outras de igual fineza: em seu programa no Canal 21, ele afirmou que o “câncer” de Macedo é obra do demônio. Na tréplica, Macedo levou sua médica à TV para atestar que não sofre da doença e ainda exibiu no programa Domingo Espetacular, da Rede Record, uma reportagem sobre a compra, por Valdemiro, de três fazendas avaliadas em 50 milhões de reais.
O acirramento da guerra dos pastores se dá num momento em que a Universal, de Macedo, perde fiéis e receita aos borbotões para a Mundial, de Valdemiro. Estima-se que, em catorze anos, o segundo tenha conquistado mais de 20% de seguidores do primeiro. Durante muito tempo, Valdemiro foi membro da cúpula da Universal. Preterido por Macedo na indicação para um posto de maior visibilidade na organização, ele rompeu com o chefe e fundou a sua própria igreja. Habilidoso, deu um passo atrás e resgatou o modelo primitivo que deu origem ao fenômeno da Universal: a luta contra Lúcifer e a promessa de curas e milagres de toda ordem — pilares que Macedo mais tarde substituiu pela “teologia da prosperidade”.
Ao adotar essa estratégia, Valdemiro passou a atender um nicho de fiéis que Macedo havia negligenciado com o amadurecimento do seu negócio, o público de menor poder aquisitivo e alta credulidade. Seus seguidores passam horas de pé em filas para poder tocar o seu corpo ou recolher um pouco de seu suor em toalhas ou pedaços de pano que são distribuídos na igreja. Valdemiro fomenta a crença de que sua transpiração tem o condão de realizar milagres.
Com os cofres recheados, Valdemiro passou a assediar os membros da Universal. Oferecendo salários e comissões mais altos que os pagos por Edir Macedo, ele atraiu prepostos do rival na Argentina, Inglaterra e em países africanos. Para profissionalizar seus negócios, canibalizou executivos da Record e do Banco Renner, controlado pela Igreja Universal. A riqueza que Valdemiro Santiago ostenta Macedo contabiliza como prejuízo.
O estrangulamento de suas contas pela concorrência chegou a afetar as operações da Record e a atrasar salários na TV, como ocorreu no ano passado. O quadro de deterioração das finanças de Macedo se tornou ainda mais calamitoso com a penhora pela Justiça da sede da emissora no Rio de Janeiro para garantia do pagamento de dívidas da Universal do Reino de Deus.

A má fase não terminou aí. Em setembro, o Ministério Público denunciou Edir Macedo pelos crimes de estelionato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Os procuradores o acusam de lavar no exterior o dízimo recebido pelos fiéis para depois despejá-lo nas contas da Record. 
Ao lançar suspeitas sobre a forma como Valdemiro adquiriu suas fazendas, Macedo quer mostrar que o ex-discípulo também dá suas trombadas com a lei. Valdemiro já esteve enroscado em outras diabruras. Em 2003, o chefão da Mundial foi condenado a pagar cestas básicas por porte ilegal de armas. Ele foi flagrado em uma blitz com uma escopeta, duas carabinas e munição. Em 2010, três de seus pastores foram presos em Mato Grosso do Sul transportando sete fuzis M-15. Em depoimento à polícia, o motorista afirmou que o destino das armas era a cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.
A crise desencadeada pela Mundial do Poder de Deus obrigou Macedo a redesenhar a administração de seu negócio. Uma das providências foi baixar as exigências para a abertura de novos templos. Antes, para abrir uma franquia, o pastor tinha de comprovar um potencial de arrecadação mínimo de 150 000 reais mensais, a ser atingido em seis meses. Agora, esse piso caiu para 50 000 reais. A comissão a que cada pastor tinha direito sobre o total arrecadado além da meta era originalmente de 10%. Macedo agora a dobrou. O que ele não abre mão é da eficiência.
Os pastores que não cumprem as metas dentro do prazo contratado são transferidos ou perdem o comando da franquia. Essa mudança, que aponta para uma capilarização da Universal, faz parte da estratégia de Macedo de substituir o modelo de construção de megatemplos pela pulverização de igrejas menores no país, de manutenção mais barata e mais próximas da casa dos fiéis. Com isso, ele espera baixar os seus custos de operação e evitar que outras ovelhas se desgarrem. Pastores e assessores próximos dos dois líderes afirmam que estes são apenas os primeiros movimentos de uma guerra sem previsão de fim.
Leonardo Coutinho - Veja

Contas do Distrito Federal não são julgadas pela Câmara Legislativa desde 2003

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Desde 2003, nenhuma das contas do governo do Distrito Federal (GDF) foi julgada pela Câmara Legislativa, o que deixou sem conclusão as denúncias de irregularidades apontadas nos pareceres entregues pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) ao Legislativo –  poder encarregado de aprovar essas contas.
Pivô de diversos escândalos nos últimos anos, o governo da capital federal teve seis governadores entre 2003 e 2010 – Joaquim Roriz, Maria de Lourdes Abadia, José Roberto Arruda, Paulo Octávio, Wilson Lima e Rogério Rosso. O parecer de 2011 não está entre eles porque ainda não foi finalizado pelo TCDF.
Entre as ressalvas do tribunal referentes aos sete anos (2003-2010), há várias relativas a reduções indevidas da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no setor atacadista, o que, de acordo com o Ministério Público do Distrito Federal (MPDF), deveriam ser caracterizadas como “renúncia fiscal”.
“Essa renúncia fiscal disfarçada, maquia as contas do GDF e alimenta a guerra fiscal entre os estados”, disse à Agência Brasil o promotor de Justiça do DF Rubin Lemos. De acordo com o promotor, o GDF já responde a cerca de 680 ações sobre renúncia fiscal desde 1998.
Segundo ele, o governo tem a obrigação de dizer que fez a renúncia fiscal, caso contrário, comete ilegalidades. “Nenhum governo pode abrir mão desse tipo de receita sem observar os ditames legais, porque ela [receita] não pertence ao governo. Essas receitas pertencem à sociedade, à população. Ao abrir mão de parte do ICMS, os governantes tinham a obrigação de compensar, de alguma forma, a perda de arrecadação. Em vez de fazerem isso, optaram por esconder essas renúncias das contas do GDF”, disse Rubin.
Em todos os pareceres entregues à Câmara Legislativa, o TCDF tem determinado “sistematicamente” que o GDF elabore metodologia para a avaliação do custo e do benefício das renúncias de receita e de outros incentivos fiscais.
Relatório Analítico e Parecer Prévio sobre as Contas pede ainda que o GDF “faça constar do demonstrativo da renúncia da receita, as isenções, anistias, remissões, subsídios e outros benefícios de natureza financeira e de créditos concedidos, indicando os respectivos montantes e fundamentos legais e as medidas adotadas para compensá-los”.
Dessa forma, o tribunal busca meios de identificar não apenas quanto e como esse dinheiro deixou de ser arrecadado, mas, sobretudo, os beneficiados pelas reduções de alíquotas de ICMS.
Consultado pela Agência Brasil, o TCDF informou que, sobre a obrigatoriedade do cumprimento das determinações feitas pelo tribunal, há duas correntes distintas. Uma delas entende que há a autoaplicabilidade, assim que o tribunal aprecia o relatório. A outra corrente, de legalistas, entende que apenas com a ratificação pela Câmara Legislativa é que se poderia exigir uma resposta do GDF.
Pedro Peduzzi - Agência Brasil 

Brasil ainda tem o desafio de atender à população com eficiência na área de saúde bucal, diz presidente da ABO

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O Brasil ainda está caminhando, dando seus primeiros passos efetivos para uma saúde bucal de qualidade, mas ainda falta muito para que o Brasil atenda à população com eficiência. A declaração, do presidente da Associação Brasileira de Odontologia do Distrito Federal (ABO-DF), Hamilton Melo, foi feita hoje (23) ao participar do 14º Congresso Internacional de Odontologia em Brasília. O tema do congresso, que começou na última quinta-feira (21) e vai até amanhã (24), é Política de Saúde Bucal – Instrumento de Valorização Profissional e Qualidade de Vida.
Para o presidente da ABO, a oportunidade de oferecer ferramentas e possibilidades de aperfeiçoamento do profissional é o fator que garante qualidade do serviço na área de odontologia. “A realidade da saúde dental no Brasil começa a obedecer a regras impostas pela Organização Mundial da Saúde [OMS]. Faculdades e investimentos na área, pelo governo federal, são indicativos de que os parâmetros começam a deixar o papel”, ressaltou.
Cerca de 4 mil pessoas já visitaram os estandes, as salas de curso e as apresentações de formandos. O intercâmbio entre o mercado odontológico e o conhecimento técnico-científico dos cirurgiões-dentistas, e também a prestação de serviço abrem a discussão para os novos modelos de pesquisa dentro do setor.
Para o especialista em ortodontia Helder Carneiro, o congresso é importante para estipular aos profissionais o mínimo necessário às atividades diárias. “Eu atuo como professor e acredito que o congresso é fundamental para o desenvolvimento técnico e científico da profissão. Está muito organizado [o congresso] do ponto de vista científico e bastante rico, além da interação da comunidade odontológica”, avaliou.
Agência Brasil 

Corregedora defende criação de sistema para registrar verbas recebidas por magistrados

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A corregedora nacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon, defendeu hoje (23) a criação de um sistema que registre todas as vebas recebidas por magistrados dos tribunais estaduais. “Nós queremos fazer um cadastro no qual estejam registradas todas as verbas que são pagas aos magistrados. Isso já existe na Justiça Federal, que é o Siaf [Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal]”, explicou ela, após participar de um almoço promovido pelo Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).
Para a ministra, a medida é importante para dar mais transparência às cortes estaduais. Atualmente, o CNJ faz uma investigação de rotina no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), cruzando as informações das folhas de pagamento com as declarações de Imposto de Renda dos magistrados e servidores.
Além disso, Eliana Calmon disse que o conselho pode aproveitar os resultados da investigação interna feita pelo tribunal paulista. “Possivelmente, o próprio presidente vai nos entregar essa investigação, que partiu do próprio tribunal. Se isso acontecer, será ótimo, porque nós poderemos partir de uma coisa já concreta”, destacou.
Também passa por apuração no TJSP o processo de liberação do pagamento de precatórios. “Nós comprovamos que vários municípios fazem depósitos e esses depósitos não são liberados por falta de uma estrutura burocrática”, explicou a ministra. Ela acrescentou que, agora, o objetivo é dar agilidade à liberação desse dinheiro já depositado. Os precatórios são títulos que representam dívidas da Fazenda Pública (União, estados, municípios, estatais e fundações públicas) reconhecidas pela Justiça.
Outro ponto problemático, de acordo com a ministra, é que o governo paulista não tem pago os seus débitos judiciais. “O estado [de São Paulo] não emprega os recursos para o tribunal. O estado de São Paulo apenas disponibiliza. Isso não está certo”.
O CNJ estima que o estado de São Paulo tenha R$ 20 bilhões em dívidas reconhecidas pela Justiça. A Ordem dos Advogados do Brasil, no entanto, calcula que o estoque de precatórios seja um pouco maior, cerca de R$ 22 bilhões.
Eliana Calmon informou que, entre precatórios e outros depósitos judiciais, a Justiça brasileira tem à disposição R$ 117 bilhões. “Esse é o universo que está à disposição do Poder Judiciário”.
Daniel Mello - Agência Brasil 

Deputados visitam obras de transposição do São Francisco e criticam baixa execução

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Um grupo de parlamentares da oposição visitaram ontem (23) as obras de transposição do Rio São Francisco no município de Mauriti (CE) e saíram de lá com duras críticas sobre a condução do projeto pelo governo.
A principal queixa dos oposicionistas é quanto ao aumento do preço da obra sem resultados concretos. Inicialmente, a transposição do Rio São Francisco estava orçada em R$ 4,5 bilhões. O valor já foi aumentado seguidas vezes e atualmente está previsto que a obra custará R$ 8,2 bilhões.
“A obra não só está parada como há um grave processo de deterioração, com erosões, crescimento da vegetação, concreto sendo perdido. Uma obra que em 2012 foi repactuada quase no dobro do valor inicial. E ainda com cheiro de novos aumentos de preços”, disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE).
Araújo conta que viu casos de pessoas que tiveram as terras desapropriadas e agora estão em situação difícil. "O que nós vimos é um descaso não só com o dinheiro público, mas também com a criação de falsa expectativa para uma população de uma região pobre”. Ainda de acordo com Araújo, dos 16 lotes da obra só os dois onde o Exército trabalhou chegaram a 90% de execução.
Depois da experiência nas obras do São Francisco, os deputados de oposição pretendem percorrer o país para fiscalizar o investimento público em outras áreas. No que eles chamam de Caravana da Verdade, os parlamentares querem observar os gastos nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, entre outras coisas. “Estou convencido da necessidade de montar uma caravana para contrapor a propaganda oficial do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]”, disse Araújo, que falou com a Agência Brasil em nome da comitiva.
Participaram da visita ao Ceará os deputados Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), Vanderlei Macris (PSDB-SP), Nilson Leitão (PSDB-MT), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), César Colnago (PSDB-ES), Eduardo Gomes (PSDB-TO), Carlos Brandão (PSDB-MA), Simplício Araújo (PPS-MA) e Felipe Maia (DEM-RN).
Também hoje o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, visitou outro trecho das obras. Bezerra esteve em Pernambuco, onde se encontrou com os representantes dos consórcios executores para cobrar metas e resultados. Segundo informações do ministério, 11 dos 16 lotes estão em atividade e mais um será retomado até o final de março. Em outros três, os contratos estão sendo rescindidos e uma nova licitação deverá ocorrer até o final de abril.
De acordo com texto na página do Ministério da Integração,  “o novo investimento de R$ 8,2 bilhões resulta do acréscimo de novas condicionantes ambientais exigidas pelo Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], serão mais de R$ 900 milhões de recursos para esta área, da revisão de obras civis em decorrência dos projetos executivos, dos gastos com eletromecânica e da supervisão e do gerenciamento da obra em função do prolongamento do prazo”.
Atualmente 3,5 mil pessoas trabalham no Projeto de Integração do Rio São Francisco. Esse número deve chegar a 6,5 mil até o fim do ano.
Mariana Jungmann e Iolando Lourenço - Agência Brasil 

Mobilização pela Síndrome de Down é positiva

 
Como parte das comemorações do Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado esta semana no dia 21 (quarta-feira), cerca de 30 crianças se reuniram hoje (24) para um piquenique no Zoológico de Brasília. Para as famílias, o resultado da semana de mobilização é positivo. Diretora do programa Ápice Down, Nádia Quadros, avalia que nos últimos anos houve um salto “muito qualitativo” na garantia de direitos dos portadores da síndrome.
“Cada vez mais o Down se empodera e se torna protagonista de sua própria história. Com isso, a sociedade acredita e eles ganham mais espaço”, diz.
Ela acredita que o avanço da inclusão na sociedade tem sido mais fácil porque agora existem pais que são representantes políticos, como o deputado federal Romário (PSB-RJ), que tem uma filha portadora da síndrome.
Mãe de Lia Luiza, de 6 anos, Lourdes Lima aposta que eventos como o piquenique são importantes para desconstruir alguns mitos que existem em torno da síndrome e assim acelerar o processo de inclusão.
“É interessante que a gente tenha essa visibilidade porque a gente mostra que são pessoas comuns, crianças que gostam de brincar como qualquer outra. Nos últimos seis anos [idade de Lia] posso dizer que muitas coisas mudaram. É importante essa parceria com os veículos de comunicação nessa divulgação porque a partir do momento que você conhece não discrimina, você respeita”, diz Lourdes, que também é presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down.
Além de divulgar informações e dar visibilidade à causa, esses eventos também são importantes porque permitem uma interação maior entre as famílias. Ainda estão previstos para amanhã (25), em Brasília, uma caminhada no Parque da Cidade e um desfile de crianças e jovens portadores da síndrome.
“Nesses encontros, a família vê que não está sozinha. Você termina aprendendo porque há crianças de todas as idades e de repente uma família já passou por uma fase que você está vivendo e há uma troca de conhecimento. As pessoas ficam mais felizes e seguras”, diz Lourdes.
Amanda Cieglinski - Agência Brasil 

Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose: OMS alerta para epidemia oculta entre crianças

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Crianças de até 15 anos com tuberculose frequentemente não são diagnosticadas por duas razões: falta de acesso a serviços de saúde ou falta de preparo dos profissionais para reconhecer sinais e sintomas da doença entre pessoas desse grupo. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS) que lembra hoje (24) o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose.
A entidade ressaltou que foram feitos progressos no combate à doença – o total de mortes registradas caiu 40% em relação a 1990. Ainda assim, a tuberculose entre crianças configura, segundo a OMS,  uma epidemia oculta na maioria dos países.
Ao todo, 200 crianças morrem todos os dias em razão da tuberculose – ainda que o custo para prevenir a doença seja US$ 0,03 por dia e o custo do tratamento para curar a doença seja US$ 0,50 por dia.
A estimativa é que pelo menos 500 mil bebês e crianças sofram com a doença todos os anos, enquanto 70 mil morram. Crianças menores de 3 anos e as que enfrentam desnutrição severa e que têm o sistema imunológico comprometido apresentam maior risco de desenvolver tuberculose.
“Com melhor treinamento e harmonização dos diferentes programas que promovem serviços de saúde para crianças, agravamentos de quadro e mortes provocadas pela tuberculose podem ser prevenidos em milhares de crianças todos os anos”, informou a OMS.
A maioria das famílias vulneráveis à tuberculose, segundo a entidade, vive na pobreza e sabe pouco a respeito da doença e sobre como conseguir tratamento. Quando um adulto é diagnosticado com tuberculose, por exemplo, não são feitos esforços para checar se alguma criança que convive com aquela pessoa também foi infectada.
A única vacina capaz de prevenir formas graves de tuberculose é a chamada BCG (bacilo de Calmette e Guérin), aplicada em crianças e adultos sob a forma de injeção intradérmica.
O sinal mais comum da tuberculose é a tosse seca e contínua por mais de três semanas. A transmissão é de pessoa para pessoa, quando o doente fala, espirra ou tosse. De acordo com o Ministério da Saúde, somente de 5% a 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch desenvolvem a doença.
Na próxima segunda-feira (26), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, apresentam o balanço do número de casos de tuberculose no Brasil nos últimos anos. Na ocasião, também será apresentada a nova campanha para conscientizar a população sobre os cuidados e o tratamento para o enfrentamento à doença.
Paula Laboissière - Agência Brasil 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Chico Anysio deixa um vazio no humor brasileiro

VÍDEOS: relembre personagens marcantes da carreira de Chico (CGCom/TV Globo Isac Luz/TV Globo João Miguel Júnior/TV Globo Alex Carvalho Thiago Prado Neris/TV Globo e Reprodução/TV Globo)
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Morreu às 14h52 desta sexta-feira (23), aos 80 anos, o humorista Chico Anysio. Segundo nota divulgada pelo Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio, onde ele estava internado havia três meses, o humorista morreu após uma parada cardiorrespiratória, causada por falência múltipla dos órgãos, decorrente de choque séptico causado por infecção pulmonar. Ao longo de seus 65 anos de carreira, o cearense Chico Anysio criou mais de 200 personagens e foi um dos maiores humoristas do Brasil com destaque no rádio, na TV, no cinema e no teatro (abaixo, nesta reportagem, relembre sua trajetória). Ele deixa oito filhos e completaria 81 anos no dia 12 de abril.
O corpo de Chico Anysio será velado no Theatro Municial, no Centro do Rio. O velório será aberto ao público a partir das 12h. No domingo (24), ele será cremado no Cemitério do Caju, na Zona Portuária. O horário da cerimônia ainda não foi definido. O governador do estado do Ceará, Cid Gomes, decretou luto oficial no Estado, por 3 dias, por causa da morte do humorista Chico Anysio.
Anysio apresentou uma piora nas funções respiratórias e renal na quarta-feira (21) e voltou a respirar com ajuda de aparelhos durante todo o dia. Ele estava no CTI do hospital carioca desde 22 de dezembro do ano passado por conta de um sangramento. O comediante chegou a ter o problema controlado, mas apresentou uma infecção pulmonar e retornou à internação. Ele seguia em sessões de fisioterapia respiratória e motora diariamente, somadas a antibióticos.
O ator também foi submetido a uma laparotomia exploradora, procedimento cirúrgico que serve para revelar um diagnóstico. Essa cirurgia fez com que Chico Anysio tivesse um segmento de seu intestino delgado retirado.

No final de 2010, ele foi levado ao mesmo hospital com falta de ar. Após uma obstrução da artéria coronariana ser encontrada, passou por uma angioplastia, procedimento para desobstrução de artérias. Após 110 dias, teve alta em março do ano passado.



Com fortes dores nas costas, o humorista foi novamente internado em novembro. Ficou no hospital durante cinco dias, para receber medicação intravenosa devido a problema antigo nas vértebras que provocava dor. No fim de novembro, teve febre e os médicos descobriram uma contaminação por fungos, tratada com antibióticos. No começo de dezembro, retornou ao hospital com infecção urinária e ficou internado por 22 dias. Um dia depois, voltou ao Hospital Samaritano.


Nos momentos mais críticos, quando esteve no hospital entre dezembro de 2010 e março de 2011, Chico necessitou da ajuda de aparelhos para respirar e se comunicava com médicos e familiares por meio de mímica. Durante o período pós-operatório, houve o diagnóstico de um tamponamento cardíaco, que acontece quando o sangue se acumula entre as membranas que envolvem o coração (pericárdio).

Durante o período de internação, que alternou momentos no CTI e em unidades intermediárias, Chico Anysio apresentou quadros de pneumonia e passou por sucessivas broncoscopias. As infecções foram tratadas com uso de antibióticos.

Antes, em agosto de 2010, o humorista precisou ser internado para a retirada de parte do intestino grosso após ser constatado um quadro de hemorragia no aparelho digestivo. Em maio de 2009, outra pneumonia o levou ao hospital.
O bordão mais famoso do Professor Raimundo era repetido por Chico Anysio no fim do programa: 'e o salário, ó' (Foto: CGCom/TV Globo)O personagem mais famoso de Anysio foi o Professor Raimundo (Foto: CGCom/TV Globo)
Rádio e TV
Foi na Rádio Guanabara, ainda nos anos 50, que os seus tipos cômicos começaram a surgir. Até o “talento para imitar vozes”, como o proprio Chico descreveria em seu site, evoluir para a televisão. A estreia aconteceu em 1957, na extinta TV Rio, no programa “Aí vem dona Isaura”. Foi lá que o Professor Raimundo teve sua primeira aparição no vídeo, como o tio da protagonista que vinha do Nordeste — até então o programa só havia sido veiculado pelo rádio.

“Até tinha uma coisa de sentar para criar, mas uns nasceram pela voz, outros pelo tipo, pela personalidade, pela caracterização. Sempre fiz questão de que eles fossem encontrados sem que eu estivesse presente. Que alguém dissesse: "'Na minha terra, tem um Pantaleão. No Rio tem muito Azambuja’”, explicou o humorista ao “Estado de S. Paulo”, em 2009.

Num tempo em que ainda não existiam contratos de exclusividade, Chico pôde fazer participações especiais em programas de outras emissoras e em chanchadas da Atlântida.

O “Chico Anysio Show”, seu primeiro programa de humor, foi lançado no início da década de 60. Foi ao ar pela TV Rio, depois pela Excelsior e em 1982 voltou a ser exibido pela Rede Globo — onde o humorista já trabalhava desde 1969.

A cantora Elza Soares e Chico Anysio durante show em São Paulo em 1967 (Foto: Agência Estado)A cantora Elza Soares e Chico Anysio durante show em São Paulo em 1967 (Foto: Agência Estado)

Mas foi na Globo que teve seus programas humorísticos de maior sucesso e onde desenvolveu a maioria de seus personagens. Entre as atrações, destaque para “Chico city” (1973-1980), “Chico total” (1981 e 1996) e “Chico Anysio show” (1982-1990) e "Escolinha do professor Raimundo".



Alguns desses personagens quase que se misturam à história da televisão brasileira, como o ator canastrão Alberto Roberto, o pão-duro Gastão Franco, o coronel Pantaleão, o pai-de-santo Véio Zuza, o velhinho ranzinza Popó, o alcoólatra Tavares e sua mulher Biscoito (Zezé Macedo) e o revoltado Jovem.


Com o passar dos anos, novos tipos eram criados e incorporados ao programa: o funcionário da TV Globo Bozó, que tentava impressionar as mulheres por conta de sua condição; o mulherengo e bonachão Nazareno, sempre de olho nas serviçais; o político corrupto Justo Veríssimo; e o pai de santo baiano e preguiçoso Painho são alguns dos mais populares.


Apresentada como quadro em outros programas desde a década de 1980, a “Escolinha do Professor Raimundo” tornou-se uma atração independente em 1990. No ar até 2002, o humorístico lançou toda uma geração de comediantes. Entre os “alunos” revelados pelo “professor Chico” estão Claudia Rodrigues, Tom Cavalcante e Claudia Gimenez.

Chico também atuou em novelas e especiais da Globo, como “Pé na jaca” (2007), “Sinhá Moça” (2006), “Guerra e paz” (2008) e “A diarista” (2004). Chico Anysio também teve um quadro fixo no Fantástico por 17 anos (de 1974 a 1991), e supervisionou a criação no programa “Os Trapalhões” no início dos anos 90.

Chico Anysio (na cadeira de rodas) exibe o prêmio especial do júri junto com a equipe do longa 'A hora e a vez de Augusto Matraga' (Foto: Alexandre Durão/G1)Chico exibe prêmio do Festival do Rio com a equipe do longa 'A hora e a vez de Augusto Matraga', em 2011 (Foto: Alexandre Durão/G1)
Cinema 
A incursão mais recente de Chico Anysio no cinema foi como dublador. É dele a voz do protagonista da animação “Up - Altas aventuras", animação do estúdio Pixar. Antes disso, o humorista fez uma participação especial no recordista de bilheteria “Se eu fosse você 2” (2008), de Daniel Filho. “Nos créditos finais fiz questão de colocar ‘senhor Francisco Anysio’. Ele é um astro, merece ser tratado com toda reverência”, explicou o diretor em entrevista aoG1 durante o lançamento do longa.



Em 1996, o humorista interpretou o personagem Zé Esteves, pai da personagem-título, em “Tieta”, de Cacá Diegues. O trabalho coincidiu com o aniversário de 25 anos da estréia de Chicono cinema, na pornochanchada "O doce esporte do sexo". Antes havia participado de comédias como "Mulheres à vista" e "Cacareco vem aí".


Em 2011, em sua última aparição pública, recebeu o prêmio especial do Júri do Festival do Rio pelo seu desempenho no longa “A hora e a vez de Augusto Matraga”, do diretor Vinícius Coimbra.

"O filme é importantíssimo, a obra é linda. Vinícius realizou algo quase inacreditável. É um filme que, tenho certeza, Sergio Leone assinaria com alegria", destacou o bem humorado Chico, que fez questão de receber o Troféu Redentor pessoalmente, mesmo de cadeira de rodas.

Literatura e artes plásticas

Além de se dedicar ao humor, Chico também foi artista plástico. Apaixonado pela pintura, retratou paisagens ao redor do mundo a partir de fotografias que tirava dos países que visitava. Realizou exposições de seus quadros em diversas galerias do Brasil e chegou a afirmar que gostaria de ter dedicado mais tempo à atividade.

“Porque teria tido mais tempo para aprender, para melhorar. Teria mais tempo para me tornar conhecido e aceito, para vender meus quadros por um preço melhor. Cheguei a admitir que a pintura seria meu emprego da velhice, mas não vai ser, porque ninguém está comprando nada de obra de arte, e pintar para guardar é terrível”, disse em entrevista à “Folha de S. Paulo”, em 2007. Foi autor de 21 livros, tendo publicado vários best-sellers na década de 70, como "O Batizado da vaca", "O telefone amarelo" e "O enterro do anão". Sua última publicação foi “O canalha”, lançada em 2000.
“É a história do cara que participou de todos os governos, desde Eurico Gaspar Dutra até o primeiro mandato de Fernando Henrique. Foi ele o responsável por todas as canalhices que ocorreram de lá para cá, como dar um revólver de presente a Getúlio Vargas”, explicaria o escritor Chico Anysio em entrevista à revista “Época”, no mesmo ano.
Outra de suas obras de destaque na literatura é o bem humorado manual “Como segurar seu casamento”, também de 2000. Na época, advertiu os leitores: “Não dou conselhos, transmito os erros que cometi e foram cometidos em cinco casamentos. Conviver é a arte de conceder. Essa troca de concessões gera a convivência harmônica”, comentou.
Chico Anysio em 2009, depois de conceder entrevista em seu apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro (Foto: Aline Massuca/AE)Chico Anysio em 2009, depois de entrevista em seu apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio (Foto: Aline Massuca/AE)
Carreira esportiva
Caçula de oito irmãos, Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu no dia 12 de abril de 1931, no município de Maranguape, no Ceará. A cidade constantemente era citada de forma saudosa pelo humorista – seu personagem mais popular, o Professor Raymundo, era de lá.

“Maranguape, cidade de que tanto falo, representa uma grande saudade. Foi um pequeno paraíso, o Éden da minha infância durante gloriosos anos. Foi lá que aprendi a ler sozinho”, escreveu o humorista em seu site oficial.


Aos 7 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, após a falência da empresa de ônibus da família. Morador do Catete, contrariou a vontade do pai e do irmão mais velho — botafoguenses convictos — e se tornou vascaíno. Sonhava em ser jogador de futebol.


Mas a carreira esportiva logo foi esquecida, quando Chico passou em testes para ser locutor e ator da Rádio Guanabara. Ele ficou em segundo lugar, perdendo apenas para Silvio Santos.

Nos anos 50, também trabalhou nas rádios Mayrink Veiga, Clube de Pernambuco e Clube do Brasil. Foi na primeira que criou o programa que se tornaria um de seus maiores sucessos, "Escolinha do Professor Raymundo", inicialmente composta por três alunos: Afrânio Rodrigues (o que sabia tudo), João Fernandes (o que não sabia nada) e Zé Trindade (o que embromava o professor).

Apesar da tentativa de se tornar um galã de radionovelas, sua veia humorística se destacava desde o início. “A rádio Guanabara descobriu meu jeito para imitar vozes. Neste dia perdi minha chance de ser um Tarcísio Meira”, contou o comediante em seu site. Foi assim que começou a compor os mais de 70 tipos cômicos que marcariam sua carreira.

O humorista cercado pelos filhos, Nizo Neto (esquerda) e Bruno Mazzeo, no lançamento do DVD Chico Especial, em 2007 (Foto: TV Globo)Chico sorri com os filhos Nizo Neto (esq.) e Bruno Mazzeo, no lançamento do DVD 'Chico Especial', em 2007 (Foto: TV Globo)
Casamentos e filhos
O primeiro de seus casamentos foi aos 22 anos, com a atriz Nancy Wanderley. Depois foi a vez de Rose Rondelli. Sobre a união com a cantora e ex-frenética Regina Chaves, dizia mal se lembrar. Já com Alcione Mazzeo, rompeu a relação por conta de um ensaio nu. Mas foi seu matrimônio com a ex-ministra da Economia do governo Collor, Zélia Cardoso de Mello — com quem teve dois filhos — que provocou mais polêmica. "Passou a ser uma pessoa de meu desagrado total. Fui um biombo para ela”, disse Chico à revista “Isto É”, em outubro de 2000.



Antes, porém, teve seis filhos, entre eles os atores Lug de Paula (famoso por interpretar o Seu Boneco, da “Escolinha do Professor Raimundo”), Nizo Neto (o Seu Ptolomeu, do mesmo programa, também dublador) Bruno Mazzeo (ator e roteirista). Chico também era tio do ator Marcos Palmeira, filho do cineasta Zelito Vianna, irmão do humorista; e da atriz Maria Maya, filha de Cininha de Paula, sobrinha do humorista.


Em novembro de 2009 foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, a mais alta comenda do governo brasileiro na área. Da vida, dizia levar apenas um arrependimento: “Me arrependo enormemente de ter fumado durante 40 anos.”

G1-Rio

terça-feira, 20 de março de 2012

Fraudes em licitações poderiam ser evitadas com divulgação de dados, diz Abramo

reprodução - internet
 
Muitos casos de fraudes em processos de licitação, envolvendo empresas fornecedoras de produtos e serviços e funcionários públicos, poderiam ser evitados se houvesse levantamentos estatísticos com informações sobre a distribuição dos contratos, as companhias vencedoras e os preços praticados. A avaliação é do diretor executivo da organização não governamental (ONG) Transparência Brasil, Claudio Abramo, que trabalha com o monitoramento do Poder Público por meio da divulgação de análises sobre gastos dos governos, financiamento eleitoral, entre outros.
Para ele, esses dados deveriam ser gerados pelos órgãos públicos que promovem as licitações e disponibilizados em seus sites, para que organizações da sociedade civil e a imprensa pudessem verificar possíveis distorções.
Abramo destacou que os tribunais de Contas e as controladorias estaduais e municipais podem ajudar no processo, mas defendeu que a responsabilidade principal é da administração do órgão que promove a concorrência pública.
“A responsabilidade principal [de encontrar irregularidades nas licitações] é do próprio órgão. E isso não se faz examinando o depois, nem cada licitação individualmente, mas por meio de estudos estatísticos da distribuição dos contratos, dos preços praticados para permitir uma comparação com os preços de mercado, de quem está levando o que e com que periodicidade”, explicou.
Abramo acrescentou que nem mesmo os pregões eletrônicos, realizados pela internet, estão livres dos esquemas de corrupção.
“O pregão eletrônico amplia a possibilidade de empresas de todo o território nacional participarem da concorrência, mas não reduz a vulnerabilidade do processo à corrupção. Os cartéis funcionam também nos pregões eletrônicos”, lamentou.
Segundo o diretor executivo da Transparência Brasil, a administração pública deve ficar atenta, principalmente às contratações por emergência que, em muitos casos, são “fabricadas para fraudar as compras do Estado”.
“É comum haver as emergências planejadas, quando um setor deixa faltar de propósito um produto importante para o funcionamento do órgão público e depois diz que, por emergência, precisa de algo e então a licitação é dispensada”, ressaltou.
Para combater esses desvios, Cláudio Abramo acredita que é preciso melhorar o mecanismo administrativo dos órgãos públicos. “É possível, melhorando a eficiência da administração pública, e isso é responsabilidade dos governos”, acrescentou.
Thais Leitão - Agência Brasil