sexta-feira, 16 de março de 2012

Austrália alerta sobre consumo abusivo de energéticos

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Especialistas australianos pediram que as bebidas energéticas incluam avisos sobre danos após detectarem um aumento nos casos de toxicidade entre jovens consumidores.
A média de idade dessas pessoas era 17 anos, principalmente homens, de acordo com a investigação. A maioria dos casos de overdose reportados aconteceram quando as pessoas ingeriram esse produto em situações recreativas como festas juntamente com bebidas alcoólicas, cafeína ou substâncias ilícitas.Uma pesquisa publicada na Revista Médica da Austrália mostra que 65 pessoas entraram em contato com o centro de venenos do estado de Nova Gales do Sul por problemas causados por bebidas energéticas em 2010 - em 2004 foram apenas 12 casos.
Os sintomas mais comuns foram palpitações, agitação, tremores e moléstias gastrointestinais. Em alguns casos ocorreram alucinações e problemas cardíacos.
O diretor médico do centro de venenos, Naren Gunja, disse que "as pessoas acreditam que as bebidas energéticas são boas pela marca, mas elas podem causar o mesmo problema que 20 xícaras de café", disse a emissora local ABC.
Gunja solicitou mais regulamentação na venda das bebidas e que, por exemplo, fique claro quanta cafeína elas contêm, quantas podem ser compradas de uma só vez e com qual idade pode-se adquiri-las.
No Brasil, há uma lei que regulamenta a quantidade de cafeína que uma bebida energética pode ter em sua composição. 
Bebidas na Austrália
O diretor executivo do Conselho Australiano de Bebidas, Geoff Parker, assegurou em comunicado que essas bebidas estão fortemente regulamentadas e que incluem informações sobre quantidade de cafeína.
Parker ressaltou a "responsabilidade pessoal" para não consumir o produto, que é "perfeitamente seguro", em excesso.
No Canadá, as autoridades obrigam os produtores de bebidas energéticas a limitar a quantidade de cafeína em cada lata e incluir no rótulo advertências sobre possíveis efeitos nocivos.
Efe - Estadão

Estresse no trabalho induz mulheres a 'comer emocionalmente'

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Mulheres que andam esgotadas no trabalho seriam mais propensas a usar a comida para aliviar o estresse, mostra um estudo finlandês.

O trabalho, publicado no American Journal of Clinical Nutrition, aponta que aquelas que disseram estar extremamente cansadas no trabalho tendiam a comer por causas emocionais, ou seja, estresse, ansiedade ou depressão, em vez de apenas por fome.

Além disso, eram mais propensas a comer "descontroladamente", situação que ocorre quando a pessoa está sempre faminta ou não pode deixar de comer até que toda a comida tenha desaparecido.

"Quem sofre desgaste pode ser mais vulnerável à ingestão emocional e descontrolada e tem habilidade para mudar seu hábito alimentar", descreve Nina Nevanpera, do instituto finlandês de Saúde Ocupacional, líder do estudo.

"Recomendamos que primeiro seja tratado o desgaste, e que o desgaste e o comportamento alimentar sejam avaliados nos transtornos de obesidade", acrescentou. 

O resultado se baseia no estudo feito com 230 trabalhadoras com idades entre 30 e 55 anos que fizeram parte de uma avaliação clínica sobre mudanças saudáveis de estilo de vida. Todas tinham emprego e no início foram questionadas sobre seu estresse ocupacional e hábitos alimentares.

Cerca de 22% tinham algum grau de esgotamento no trabalho, e o grupo tendia a comer segundo as emoções e de maneira descontrolada. Ao contrário, as mulheres sem esgotamento no início do estudo tendiam em um ano a comer cada vez menos de forma descontrolada. Mas o grupo do estresse não conseguiu fazer essa mudança.

Ainda assim, não foram observados efeitos no peso das participantes. No início do estudo, metade das mulheres com 'burnout' (sensação de que o trabalho estressa ou que não tem sentido) tinham um peso normal, comparado com um terço das mulheres que não sofriam de estresse.

"A partir dos resultados, não podemos concluir que o esgotamento no trabalho está associado ao sobrepeso ou à obesidade", diz a autora. Ainda assim, ela considera que comer emocionalmente é um fator de risco potencial para a obesidade futura.
Além disso, não é um hábito saudável, já que as pessoas estressadas tendem a optar por um chocolate ou uma comida rápida em lugar de uma fruta, por exemplo.

Os resultados não surpreendem, diz Sherry Pagoto, professora associada de medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Massachusetts e médica do centro de peso da mesma universidade.

"Tudo está associado ao estresse", acrescentou Pagoto, que não participou do estudo.

Quando as pessoas estão expostas a uma fonte de estresse crônico, às vezes começam a comer segundo suas emoções e a ter problemas de peso. 

"concordo que o importante é controlas as fontes de estresse", diz Pagoto. "Se uma pessoa está exposta de maneira crônica a um elemento estressante, terá muitos problemas para emagrecer", acrescentou.

E se uma pessoa não está com sobrepeso, o fato de comer emocionalmente não é uma boa ideia. É reforçar um hábito que não é saudável", destacou.

Àquelas que não estão expostas ao estresse no trabalho, ela recomenda eliminar  as tentações do escritório, ou pelo menos levar alimentos saudáveis, bem como evitar as máquinas que vendem produtos.

Se o estresse aumenta, ela sugere encontrar outras formas de controle, como fazer caminhadas. Pagoto considerou um erro não fazer exercício, porque a atividade física é o 'melhor antídoto', segundo ela. 

Estadão

STJ manda Delúbio devolver R$ 165 mil e o deixa inelegível por mais 8 anos

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Um dos principais réus do mensalão, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares sofreu nesta quinta-feira, 15, uma derrota no Superior Tribunal de Justiça (STF). A 2ª Turma do STJ rejeitou o recurso de Delúbio Soares contra sua condenação por improbidade administrativa no Tribunal de Justiça de Goiás. Confirmada a condenação, Delúbio terá devolver aos cofres públicos R$ 164.695,51, permanece com os direitos políticos suspensos por oito anos, não poder exercer a função pública ou celebrar contratos com o Poder Público. 
"O acórdão (do TJ de Goiás) é claríssimo ao firmar a contundência do dolo e da má-fé", afirmou o relator do recurso Cesar Asfor Rocha. "O tribunal foi exaustivo na análise dos fatos", concordou o ministro Herman Benjamin. Além dos dois, votaram contra o recurso de Delúbio Soares os ministros Humberto Martins e Mauro Campbell.
Delúbio fica, com isso, impedido de disputar eleições por 16 anos. Além dos 8 anos definidos pela Justiça de Goiás, a Lei da Ficha Limpa estabeleceu que aquele que for condenado à suspensão dos direitos políticos fica inelegível por 8 anos a contar do fim da pena.
Delúbio Soares foi condenado pela 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) por improbidade administrativa por ter recebido salário de forma ilegal de 1994 a 1998 e de 2001 a 2005 sem precisar trabalhar e amparado por licenças consideradas ilegais.
Durante esse período, Delúbio estaria licenciado para trabalhar no Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego). Entretanto, conforme a decisão, Delúbio não trabalhou no sindicato nesse período por estar em São Paulo, atuando como dirigente do PT.
De acordo com a acusação, as ex-presidentes do Sintego Noeme Diná Silva e Neyde Aparecida Silva atestavam que Delúbio Soares trabalhava regularmente no Sindicato em Goiás, apesar de estar em São Paulo. Pelo entendimento do TJ, Delúbio praticou o ato de improbidade de forma dolosa, pois sabia, conforme o tribunal, que os pagamentos eram indevidos.
O desembargador João Waldeck Felix de Sousa, relator do acórdão, afirmou que Delúbio Soares se afastou ilegalmente das salas de aulas em Goiás valendo-se para isso de informações falsas. Por isso, conforme a ementa, deveria ser condenado pelos "atos imorais e ilegais".
"Verifica-se que por muitos anos ambos agiram com violação dos princípios da legalidade e moralidade, norteadores da administração pública abusando do cargo que ocupavam em detrimento da coisa pública, agindo em proveito próprio. Por agirem com improbidade, de forma imoral e ilegal, além da suspensão dos diretos políticos por oito anos, eles devem ser punidos também com a perda da função pública", afirmou o desembargador João Waldeck Felix de Sousa.
Em sua defesa, Delúbio Soares afirmou que as licenças foram regularmente assinadas pelos secretários de Educação do estado nesses períodos e negou que tenha agido com dolo ou má-fé, o que impediria sua condenação por improbidade administrativa.
Delúbio Soares é acusado, na ação penal do mensalão, de corrupção ativa e formação de quadrilha. Ele é uma das peças centrais do caso por comandar as contas do Partido dos Trabalhadores no período em que o esquema de corrupção denunciado pelo Ministério Público foi montado.
Felipe Recondo - Estadão

Eliana Calmon faz críticas a bandidos com foro privilegiado

Calmon participou de palestra na OAB do Distrito Federal - Agência Senado
Agência Senado 
Calmon participou de palestra na OAB do Distrito Federal 
Depois de criticar os bandidos de toga, agora a corregedora-nacional de Justiça, Eliana Calmon, atacou os bandidos com foro privilegiado. Em palestra na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal, Calmon afirmou "que o foro tem abrigado muitos bandidos". 
"Não queremos apedrejar quem está no crime por dinheiro, para sobreviver, mas quem está nas suas casas fantásticas ou buscando proteção do foro", afirmou a ministra. Eliana Calmon afirmou que o combate à corrupção e à impunidade deveria começar pelo "ápice da pirâmide".
"Quantos Josés da Silva já prendemos para dizer que não há impunidade?", questionou a ministra. Esses Josés da Silva, conforme a ministra, estão muitas vezes a serviço de grandes criminosos que não são perseguidos pela polícia.
Na palestra, a ministra afirmou que hoje um "exército" composto pela opinião pública hoje que protege os poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e que essa blindagem ocorreu em razão da expressão que ela usou em uma entrevista.
"Isso só foi possível por uma frase: existem bandidos por trás da toga", disse. "Eu sou falastrona", reconheceu. "Eu quero chocar. Eu não quero chocar a magistratura. Ela se choca porque quer", afirmou. 
Felipe Recondo - Estadão

Jornal chavista diz: “Se os judeus chegarem ao poder, estamos f…”


Kikiriki, apesar do nome engraçado, é um dos mais antigos jornais de esquerda da Venezuela – ou seja, não é um mero acidente marrom. Esse semanário chavista publicou a manchete acima, que, numa tradução elegante, pode ser lida como “Capriles Radonski é o candidato deles. Se os judeus chegarem ao poder, estamos ferrados”. Era uma referência ao candidato de oposição à Presidência venezuelana, Henrique Capriles – que se diz católico e cujos avós por parte de mãe eram judeus, mortos no campo de concentração nazista de Treblinka.
Não é a primeira vez que as hostes chavistas apelam ao antissemitismo explícito para atacar o adversário de Hugo Chávez. Em outra oportunidade, um desses intelectuais acusou os “sionistas” de dominarem a mídia, os bancos e os governos ao redor do mundo. No caso do Kikiriki, o jornal nem se deu ao trabalho de disfarçar o ódio aos judeus a título de crítica aos “sionistas”. O máximo de “sutileza” foi ter colocado uma foto com a legenda “Menino palestino após um bombardeio israelense”. Ou seja: era uma advertência aos venezuelanos sobre do que os judeus são capazes.
Mas isso é só a Primeira Página do periódico. As páginas internas reservam material ainda mais didático sobre a imaginação dos antissemitas venezuelanos que militam no chavismo. Um dos textos diz que Capriles é vinculado à TFP, que por sua vez é “associada” do “lobby judaico” – ao qual oKikiriki atribui a propriedade dos principais bancos, meios de comunicação e indústrias tecnológicas e bélicas do mundo, com poder para nomear os principais ministros dos governos mais poderosos do mundo.
O melhor, no entanto, é o editorial. O texto questiona “por que a palavra Israel aparece milhares de vezes (na Bíblia), de ponta a ponta, e por que Deus prometeu umas terras e os nomeou (aos judeus) os membros eleitos sobre este planeta”. A resposta, afirma o editorial, é que “quem escreve a história se coloca como protagonista e como vencedor”, e a Bíblia é obra de judeus. E então o Kikirikiarremata:
“É preciso falar disso porque os judeus sionistas se apoderaram do dinheiro do mundo e de suas grandes corporações, bancos e empresas, assim como dos meios de rádio, TV e jornais e agora puseram os olhos na Venezuela. Capriles Radonski, bilionário, é filho de pai judeu e de mãe judia, razão pela qual é preciso estudar suas conexões internacionais e aprofundar sua história. Estaremos fodidos se os judeus chegarem ao poder – e quem tiver dúvida disso, que pergunte aos palestinos e aos árabes”.
Caso encerrado.
Marcos Guterman - Estadão

terça-feira, 13 de março de 2012

Índios vendem direitos de suas áreas à empresas estrangeiras

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Por US$ 120 milhões, índios da etnia mundurucu venderam a uma empresa estrangeira direitos sobre uma área com 16 vezes o tamanho da cidade de São Paulo em plena floresta amazônica, no município de Jacareacanga (PA). O negócio garante à empresa “benefícios” sobre a biodiversidade, além de acesso irrestrito ao território indígena.

No contrato, a o qual o Estado teve acesso, os índios se comprometem a não plantar ou extrair madeira das terras nos 30 anos de duração do acordo. Qualquer intervenção no território depende de aval prévio da Celestial Green Ventures, empresa irlandesa que se apresenta como líder no mercado mundial de créditos de carbono. 

Sem regras claras, esse mercado compensa emissões de gases de efeito estufa por grandes empresas poluidoras, sobretudo na Europa, além de negociar as cotações desses créditos. Na Amazônia, vem provocando assédio a comunidades indígenas e a proliferação de contratos nebulosos semelhantes ao fechado com os mundurucus. A Fundação Nacional do Índio (Funai) registra mais de 30 contratos nas mesmas bases. 
Só a Celestial Green afirmou ao Estado ter fechado outros 16 projetos no Brasil, que somam 200 mil quilômetros quadrados. Isso é mais de duas vezes a área de Portugal ou quase o tamanho do Estado de São Paulo.
A terra dos mundurucus representa pouco mais de 10% do total contratado pela empresa, que também negociou os territórios Tenharim Marmelos, no Amazonas, e Igarapé Lage, Igarapé Ribeirão e Rio Negro Ocaia, em Rondônia. 
‘Pilantragem.’ “Os índios assinam contratos muitas vezes sem saber o que estão assinando. Ficam sem poder cortar uma árvore e acabam abrindo caminho para a biopirataria”, disse Márcio Meira, presidente da Funai, que começou a receber informações sobre esse tipo de negócio em 2011. “Vemos que uma boa ideia, de reconhecer o serviço ambiental que os índios prestam por preservar a floresta, pode virar uma pilantragem.” 
“Temos de evitar que oportunidades para avançarmos na valorização da biodiversidade disfarcem ações de biopirataria”, reagiu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. 
O contrato dos mundurucus diz que os pagamentos em dólares dão à empresa a “totalidade” dos direitos sobre os créditos de carbono e “todos os direitos de certificados ou benefícios que se venha a obter por meio da biodiversidade dessa área”. 
Territórios indígenas estão entre as áreas mais preservadas de florestas tropicais. Somam mais de 1 milhão de quilômetros quadrados e a maioria deles está na Amazônia. Para empresas que trabalham com mecanismos de crédito de carbono, criado entre as medidas de combate ao aquecimento global, as florestas são traduzidas em bilhões de toneladas de gases  estufa estocados e cifras agigantadas em dólares. 
Benedito Milléo Junior, agrônomo que negocia créditos de carbono de comunidades indígenas, estima em US$ 1 mil o valor do hectare contratado. A conta é feita com base na estimativa de 200 toneladas de CO2 estocada por hectare, segundo preço médio no mercado internacional. 
Milléo diz ter negociado 5,2 milhões de hectares, mais que o dobro do território dos mundurucu. Nesse total está contabilizado o território indígena Trombetas-Mapuera (RR), que fechou contrato com a empresa C-Trade, que também atua no mercado de crédito de carbono. 
Segundo ele, a perspectiva é de crescimento desse mercado, sobretudo com a regulamentação do mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd). 
Sem receber. Os mundurucu ainda não começaram a receber o dinheiro pela venda de direitos sobre seu território. Os pagamentos acordados, em 30 parcelas iguais de US$ 4 milhões, serão feitos até o último dia do ano, entre 2012 e 2041. As regras constam do contrato assinado pelo presidente da Associação Indígena Pusuru, Martinho Borum, e o diretor da Celestial Green, João Borges Andrade. As assinaturas foram reconhecidas no cartório de Jacareacanga. 
“Não poderemos fazer uma roça nem derrubar um pé de árvore”, criticou o índio mundurucu Roberto Cruxi, vice-prefeito de Jacareacanga, que se opôs ao acordo. Ele disse o contrato foi assinado por algumas lideranças, sem consentimento da maioria dos índios. “A empresa convocou uma reunião na Câmara Municipal;eles disseram que era bom”, conta. 
Em vídeo na internet, uma índia mundurucu ameaça o diretor da Celestial Green com uma borduna. “Pensa que índio é besta?”, gritou ela na reunião da Câmara, lembrando a tradição guerreira da etnia. 
O principal executivo da Celestial Green, Ciaran Kelly, afirma todos os contratos da empresa com comunidades indígenas passam por um “rigoroso processo de consentimento livre, prévio e informado”, segundo normas internacionais. 
Marta Salomon - Estadão

Semiárido ganhar um método que transforma água salobra em potável

DESSALINIZADOR
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O novo sistema foi desenvolvido pelos pesquisadores da Embrapa Semiárido, em Petrolina, interior de Pernambuco. O aproveitamento das águas salobras acumuladas em fontes subterrâneas no semiárido nordestino agora é possível. O sistema desenvolvido pelos pesquisadores funciona a partir de um equipamento de dessalinização, transforma parte dessa água em potável e, usa a outra com grande concentração de sais na criação de peixes Tilápia e na irrigação de uma planta forrageira, a erva-sal.
O pesquisador da Embrapa, Gherman Garcia Leal Araújo, explica que essa forma de aproveitamento combina a produção de água de boa qualidade, e dá suporte a atividades agrícolas que geram renda e ampliam as fontes de segurança alimentar das comunidades rurais.
De acordo com Gherman Garcia, o sistema pesquisado resolve um dos mais sérios problemas enfrentados pelas comunidades que fazem uso de dessalinizador para tratamento da água captada no subsolo da região. Atualmente, os efluentes produzidos no processo de retirada dos sais são despejados no solo sem qualquer tratamento, o que cria grave problema ambiental.
Em função da eficiência destes equipamentos e da qualidade da água subterrânea, a quantidade de efluente gerado varia de 40 a 70% do total de água retirada do poço para ser dessalinizada.  O sistema está sendo adotado pelo Programa Água Doce, onde passam a ser utilizados em tanques para criação de peixes e, ainda, na irrigação de uma planta que tem capacidade de crescer em solo salino. Com o nome popular de Erva-sal, possui altos níveis de proteína, o que é interessante para compor a dieta dos rebanhos na região seca do Nordeste.
Nordeste Rural

Na hora do bolo de aniversário, recifenses declaram amor pela cidade

Prefeito João da Costa corta o bolo (Foto: Luna Markman/G1)Prefeito João da Costa corta o bolo de 475 kg
(Foto: Luna Markman/G1)
G1-PE
O tradicional corte do bolo de aniversário do Recife atraiu muita gente à Praça do Arsenal, na noite desta segunda-feira (12). No dia em que a capital pernambucana completa 475 anos, teve gente que chegou às 11h para ser o primeiro da fila e receber um pedaço do doce só depois das 19h.

Mas a pensionista Suely Machado teve um motivo especial: ela também é aniversariante - completou 56 anos hoje. Moradora do Vasco da Gama, Suely foi à Praça sozinha. Andando com ajuda de uma muleta por causa de três derrames que sofreu, pegou um ônibus e esperou pacientemente a hora da festa. "Gosto de tudo no Recife. E este é um momento muito alegre, meu e da minha cidade", declarou. Como presente de aniversário, ela pede mais educação e trabalho para os jovens. "Meu filho está preso. Se envolveu com drogas. Quero que a cidade ajude os adolescente a se afastarem desse caminho", falou.

Maria de Lourdes costumava ir com o pai à festa (Foto: Luna Markman/G1)Maria de Lourdes costumava ir com o pai à festa
(Foto: Luna Markman/G1)
Já a aposentada Maria de Lourdes Santos, 77 anos, sempre acompanhava o pai no aniversário do Recife - ele também comemorava idade nova nesta data. "Ele morreu há oito anos, com 102 anos. Essa festa só me traz lembrança boa", comentou.
Mas o que vai ficar na lembrança de algumas pessoas que estavam na festa será o cartaz do comerciário João Batista. É que ele errou na hora de escrever a idade do Recife: colocou 435 anos. Errou por 40 anos e levou muira gente aos risos. "Eu entendi errado. Quando cheguei aqui, uma mulher veio me dizer que estava errado. Aí passei a caneta por cima. Mas isso é de menos, o que vale é que eu amo o Recife", justificou.

Enquanto esperavam o corte do bolo, algumas pessoas fizeram questão de declarar ao G1 seu amor por várias facetas da cidade. "Eu amo o carnaval daqui", disse a estudante Tatiane Leite. "Eu gosto muito das praias", opinou Lindalva Oliverira. "As pontes são lindas", falou a faxineira Elizabete Silva.

Quem recebeu o primeiro pedaço de bolo das mãos de prefeito do Recife, João da Costa, foi Iolanda Soares, 91 anos, moradora do bairro de São José. Como presente, o prefeito comentou que ainda este mês será anunciado um conjunto de obras e projetos. "Não podemos adiantar, mas são ações para melhorar a qualidade de vida dos moradores da cidade. Nós já estamos investindo em educação, saúde, infraestrutura, habitação, transporte, mobilidade urbana e sustentabilidade para preparar o Recife, para torná-lo umas das principais economias do Brasil", disse.
Show
A festa de aniversário continuou no Marco Zero, onde cerca de 40 artistas locais e nacionais se revezaram no palco para cantar música pernambucana. O show, intitulado "Recife em Canto", foi acompanhado por milhares de pessoas. Uma das apresentações mais esperadas foi o dueto entre André Rio e Emílio Santiago.

Emílio Santiago e André Rio cantam juntos na festa de aniversário do Recife (Foto: Luna Markman/G1)Emílio Santiago e André Rio cantam juntos na festa de aniversário do Recife (Foto: Luna Markman/G1)

‘Governo? Que governo?’

MARCO ANTONIO VILLA
O rei está nu. Na verdade, é a rainha que está nua. Ninguém, em sã consciência, pode dizer que o governo Dilma Rousseff vai bem. A divulgação da taxa de crescimento do País no ano passado ─ 2,7% ─ foi uma espécie de pá de cal. O resultado foi péssimo, basta comparar com os países da América Latina. Nem se fala se confrontarmos com a China ou a Índia. Mas a política de comunicação do governo é tão eficaz (além da abulia oposicionista) que a taxa foi recebida com absoluta naturalidade, como se fosse um excelente resultado, algo digno de fazer parte dos manuais de desenvolvimento econômico. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sempre esforçado, desta vez passou ao largo de tentar dar alguma explicação. Preferiu ignorar o fracasso, mesmo tendo, durante todo o ano de 2011, dito e redito que o Brasil cresceria 4%.
A presidente esgotou a troca de figurinos. Como uma atriz que tem de representar vários papéis, não tem mais o que vestir de novo. Agora optou pelo monólogo. Fala, fala e nada acontece. Padece do vício petista de que a palavra substitui a ação. Imputa sua incompetência aos outros, desde ministros até as empresas contratadas para as obras do governo. Como uma atriz iniciante após um breve curso no Actors Studio, busca vivenciar o sofrimento de um governo inepto, marcado pelo fisiologismo.
Seu Ministério lembra, em alguns bons momentos, uma trupe de comediantes. O sempre presente Celso Amorim ─ que ignorou as péssimas condições de trabalho dos cientistas na Antártida, numa estação científica sucateada ─ declarou enfaticamente que a perda de anos de trabalho científico deve ser relativizada. De acordo com o atual titular da Defesa, os cientistas mantêm na memória as pesquisas que foram destruídas no incêndio (o que diria o Barão se ouvisse isso?).
Como numa olimpíada do nonsense, Aloizio Mercadante, do Ministério da Educação (MEC), dias atrás reclamou que o Brasil é muito grande. Será que não sabe ─ quem foi seu professor de Geografia? ─ que o nosso país tem alguns milhões de quilômetros quadrados? Como o governo petista tem a mania de criar ministérios, na hora pensei que estava propondo criar um MEC para cada região do País. Será? Ao menos poderia ampliar ainda mais a base no Congresso Nacional.
Mas o triste espetáculo, infelizmente, não parou.
A ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, resolveu dissertar sobre política externa. Disse como o Brasil deveria agir no Oriente Médio, comentou a ação da ONU, esquecendo-se de que não é a responsável pela pasta das Relações Exteriores.
O repertório ministerial é muito variado. Até parece que cada ministro deseja ardentemente superar seus colegas. A última (daquela mesma semana, é claro) foi a substituição do ministro da Pesca. A existência do ministério já é uma piada. Todos se devem lembrar do momento da transmissão do cargo, em junho do ano passado, quando a então ministra Ideli Salvatti pediu ao seu sucessor na Pesca, Luiz Sérgio, que “cuidasse muito bem” dos seus “peixinhos”, como se fosse uma questão de aquário. Pobre Luiz Sérgio. Mas, como tudo tem seu lado positivo, ele já faz parte da história política do Brasil, o que não é pouco. Conseguiu um feito raro, na verdade, único em mais de 120 anos de República: foi demitido de dois cargos ministeriais, do mesmo governo, e em apenas oito meses. Já Marcelo Crivella, o novo titular, declarou que não entende nada de pesca. Foi sincero. Mas Edison Lobão entende alguma coisa de minas e energia? E Míriam Belchior tem alguma leve ideia do que seja planejamento?
Como numa chanchada da Atlântida, seguem as obras da Copa do Mundo de 2014. Todas estão atrasadas. As referentes à infraestrutura nem sequer foram licitadas. Dá até a impressão de que o evento só vai ser realizado em 2018. A tranquilidade governamental inquieta. É só incompetência? Ou é também uma estratégia para, na última hora, facilitar os sobrepreços, numa espécie de corrupção patriótica? Recordando que em 2014 teremos eleições e as “doações” são sempre bem-vindas…
Não há setor do governo que seja possível dizer, com honestidade, que vai bem. A gestão é marcada pelo improviso, pela falta de planejamento. Inexiste um fio condutor, um projeto econômico. Tudo é feito meio a esmo, como o orçamento nacional, que foi revisto um mês após ter sido posto em vigência. Inacreditável! É muito difícil encontrar um país com um produto interno bruto (PIB) como o do Brasil e que tenha um orçamento de fantasia, que só vale em janeiro.
Como sempre, o privilégio é dado à política ─ e política no pior sentido do termo. Basta citar a substituição do ministro da Pesca. Foi feita alguma avaliação da administração do ministro que foi defenestrado? Evidente que não. A troca teve motivo comezinho: a necessidade que o candidato do PT tem de ampliar apoio para a eleição paulistana, tendo em vista a alteração do panorama político com a entrada de José Serra (PSDB) na disputa municipal. E, registre-se, não deve ser a única mudança com esse mesmo objetivo. Ou seja, o governo nada mais é do que a correia de transmissão do partido, seguindo a velha cartilha leninista. Pouco importam bons resultados administrativos, uma equipe ministerial entrosada. Bobagem. Tudo está sempre dependente das necessidades políticas do PT.
A anarquia administrativa chegou aos bancos e às empresas estatais. É como se o patrimônio público fosse apenas instrumento para o PT saquear o Estado e se perpetuar no poder. O que vem acontecendo no Banco do Brasil seria, num país sério, caso de comissão parlamentar de inquérito (CPI). Aqui é visto como uma disputa de espaço no governo, considerado natural.
Mas até os partidos da base estão insatisfeitos. No horizonte a crise se avizinha. A economia não está mais sustentando o presidencialismo de transação. Dá sinais de esgotamento. E a rainha foi, desesperada, em busca dos conselhos do rei. Será que o encanto terminou?

PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA SEGUNDA-FEIRA

Doutor Márcio recebe o troféu de HSV de 2011 aplaudido pelos 36 mensaleiros

“Era isso que faltava para que eu me sentisse completamente realizado”, emocionou-se Márcio Thomaz Bastos no discurso de agradecimento pela conquista do título de Homem sem Visão do Ano. O troféu, entregue pela primeira vez em 2009 a Dilma Rousseff, foi recebido pelo ex-ministro das mãos de Franklin Martins, HSV de 2010. A festa de premiação, realizada na sede do Supremo Tribunal Federal, contou com a presença dos 36 mensaleiros, que formaram um cortejo chefiado por José Dirceu, e de outros clientes notórios do jurista especializado em livrar da cadeia os mais ferozes atropeladores do Código Penal.

Olhos lacrimejantes, voz embargada, o guerrilheiro de festim afirmou que ninguém merecia tanto o prêmio quanto “o querido MTB, que é um gênio”. Segundo Dirceu,  “MTB enxergou recursos não contabilizados em vez de mensalão e viu só dinheiro de caixa dois nas malas do Marcos Valério”. Um estagiário do escritório do campeão confidenciou que o doutor do mensalão ficou comovido com o comparecimento maciço da clientela. “O chefe disse que só não apareceram os foragidos, como o doutor Abdelmassih”, revelou o jovem bacharel.
Um slide show preparado pelo Instituto Lula registrou alguns dos melhores momentos da carreira de MTB. Trechos de discursos em que o HSV de 2011 tenta provar que algum delinquente é coroinha se alternaram com depoimentos de pecadores absolvidos graças ao campeão. “Eu já nem me lembrava dos estudantes que queimaram aquele índio pataxó”, sorriu o homenageado. Outros depoentes se referiram ao vencedor como “Consultor Geral dos Quadrilheiros do Mensalão” e “Protetor Perpétuo dos Bandidos de Estimação”.
No fim do discurso de agradecimentos, o orador surpreendeu a plateia ao declinar o nome do mais novo cliente. “Decidi defender, de graça, o senhor Carlos Lupi, vice-campeão desta bonita disputa”, informou. Antes da cerimônia, o ex-ministro do Trabalho prometera impugnar o resultado. “O PT conspirou contra mim para eleger o doutor Márcio”, queixou-se o candidato que liderou a votação da enquete durante a maior parte do segundo turno. “Não amo mais a Dilma!”, desabafou. Depois da festa, Lupi e Márcio saíram para jantar abraçados. “De graça, o chefe topa até injeção na veia”, comentou um ex-assessor do ex-ministro despejado por ladroagem. “Você acha que vai recusar um Márcio Thomaz Bastos com o camburão por perto?”
Foi mais uma eleição histórica, leitores-eleitores! Todos cumpriram o dever cívico de escolher o pior entre os piores! O troféu continua em 2012! Quem se juntará a Dilma Rousseff (HSV de 2009), Franklin Martins (HSV de 2010) e Márcio Thomaz Bastos (HSV de 2011) na galeria dos campeões imortais? A luta continua! E que vença o pior!
Augusto Nunes - Veja

Celso Amorim, Mercadante e Maria do Rosário abrem a luta pelo troféu "homem sem visão" de março

Nesta sexta-feira, três ministros do governo Dilma abriram oficialmente a luta pelo título de  Homem Sem Visão de Março. Celso Amorim e Aloízio Mercadante incumbiram representantes de formalizar a inscrição. Maria do Rosário, com tempo de sobra, apareceu pessoalmente na sala da comissão organizadora carregando a papelada. Animada com a repercussão dos elogio à democracia cubana, a ministra-chefe da Secretaria dos Direitos Humanos disse, para chegar ao segundo turno, pretende provar que o Irã tem de sobra a liberdade que falta no regime autoritário estadunidense.

“O chefe quer explorar a tese de que os problemas do Ministério da Educação e Cultura são grandes porque o Brasil é grande”,  revelou um dos 212 assessores de Aloízio Mercadante, designado para cuidar da inscrição no HSV. “Ele acaba de descobrir, por exemplo, que o Brasil não teria 15 milhões de analfabetos se tivesse o tamanho de Mônaco”.
Para reduzir os gastos públicos, o enviado de Mercadante dividiu o táxi com um dos 349 assessores de Celso Amorim. ”Além de continuar com a Guerra das Malvinas, o chefe vai apoiar a anexação da Guiana Francesa à Venezuela”, confidenciou o representante do ministro da Defesa.
Começou  a eleição que ninguém quer ganhar, leitores-eleitores! A Comissão Organizadora se prepara para recepcionar a multidão de concorrentes ainda em fase de aquecimento! Vários campeões estão quase prontos para a briga-de-foice no escuro. A campanha vai pegar fogo! E que vença o pior!
Augusto Nunes- Veja

Michel Teló na Inglaterra

reprodução - internet
 
A alguns dias de encerrar sua primeira turnê europeia, Michel Teló está há 20 dias em viagem por países como França, Alemanha, Espanha e itália.
O sucesso internacional está rendendo frutos além dos shows com ingressos esgotados e discos de platinas nos países estrangeiros.
Segundo a revista Veja, o sertanejo acaba de fechar contrato com a Syco, gravadora de Simon Cowell do American Idol, para lançar o seu CD na Inglaterra.
O álbum Na Balada foi lançado no Brasil em dezembro e em 15 dias teve 60 mil cópias vendidas.

Por incompetência Afonso Florence é exonerado


Afonso Florence: mais um que não resistiu
Dilma Rousseff demitiu o ministro Afonso Florence, do Desenvolvimento Agrário (o aposto é necessário, pois em quatorze meses de governo foi um zero à esquerda), por incompetência na sexta-feira.
Como todos os jornais fizeram a correta leitura de que Florence foi demitido por incompetência, Dilma resolveu soltar no sábado uma nota oficial agradecendo-o por sua “importante colaboração”, garantindo que ele “prestou grandes serviços” e lamentando “interpretações em contrário”.
Essa é uma daquelas manifestações protocolares e sem sentido. Florence foi mesmo demitido por incompetência.
Lauro Jardim - Veja