sábado, 25 de dezembro de 2010

Três investimentos em tecnologia que as pequenas e as médias empresas devem fazer


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Na semana passada, estive fora da redação para cobrir um evento da Dell sobre a campanha global Take Your Own Path (TYOP), na cidade de Round Rock, no Texas, Estados Unidos. Um dos painéis reuniu dez dos empreendedores que se tornaram porta-vozes da campanha (para saber mais sobre o assunto clique aqui) para discutir como eles renovaram suas empresas investindo em tecnologia.
O painel foi mediado por Steve Felice, presidente da Dell na área de consumidor e pequenas e médias empresas. Entre depoimentos de empreendedores de todo o mundo, Felice enfatizou três áreas cruciais da tecnologia – pontos em que as pequenas e médias empresas devem investir:
1) Virtualização: uma forma de centralizar o gerenciamento e o suporte e tornar a manutenção mais simples;
2) Cloud computing: para Felice, a nuvem oferece a oportunidade de essas empresas acessarem tecnologia de alta qualidade, por um preço pequeno;
3) Redes sociais: é a forma mais moderna de se conectar com seus consumidores. “As empresas têm ótimos produtos, mas muitas não conseguem interagir, conectar com seus consumidores”, disse Felice.
“Apesar de tomar riscos nos seus negócios, muitas pequenas empresas não arriscam em termos de tecnologia”, disse Felice sobre o panorama atual desses negócios, durante um evento em que a habilidade de encarar riscos foi comentada de forma recorrente.
Em outro painel, Bob Moul, fundador e presidente da empresa de serviços na nuvem Boomi, recentemente comprada pela Dell, também afirmou que as empresas estão tímidas em relação a essas inovações. “A questão da segurança é uma barreira emocional que os empresários têm em relação a usar cloud computing. Mas isso não é realmente um problema. A verdadeira barreira é integração entre diferentes aplicativos nesse novo sistema”, afirmou.
E sua empresa? Já investe ou pensa em investir em algum desses pontos?

Escrito por Rafael Farias Teixeira em 13.12.2010 Categorias:EmpreendedorismoInovaçãoTecnologia

O EMPREENDEDOR

Características que transformam um empreendedor em vencedor

Iniciativa
O empreendedor não fica esperando que os outros (o governo, o empregador, o parente, o padrinho) venham resolver seus problemas. O empreendedor é uma pessoa que gosta de começar coisas novas, iniciá-las. A iniciativa, enfim, é a capacidade daquele que, tendo um problema qualquer, age: arregaça as mangas e parte para a solução.

Auto-confiança
O empreendedor tem auto-confiança, isto é, acredita em si mesmo. Se não acreditasse, seria difícil para ele tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz o indivíduo arriscar mais, ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-o mais empreendedor. 

Aceitação do risco
O empreendedor aceita riscos, ainda que muitas vezes seja cauteloso e precavido contra o risco. A verdade é que o empreendedor sabe que não existe sucesso sem alguma dose de risco, por esse motivo ele o aceita em alguma medida. 

Sem temor do fracasso e da rejeição
O empreendedor fará tudo o que for necessário para não fracassar, mas não é atormentado pelo medo paralisante do fracasso. Pessoas com grande amor próprio e medo do fracasso preferem não tentar correr o risco de não acertar, ficando, então, paralisadas. O empreendedor acredita.  

Decisão e responsabilidade
O empreendedor não fica esperando que os outros decidam por ele. O empreendedor toma decisões e aceita as responsabilidades que acarretam.

Energia
É necessária uma dose de energia para se lançar em novas realizações, que usualmente exigem intensos esforços iniciais. O empreendedor dispõe dessa reserva de energia, vinda provavelmente de seu entusiasmo e motivação.

Auto-motivação e entusiasmo
O empreendedor é capaz de uma auto-motivação relacionada com desafios e tarefas em que acredita. Não necessita de prêmios externos, como compensação financeira. Como conseqüência de  sua motivação, o empreendedor possui um grande entusiasmo pelas suas idéias e projetos. 

Controle
O empreendedor acredita que sua realização depende de si mesmo e não de forças externas sobre as quais não tem controle. Ele se vê como capaz de controlar a si mesmo e de influenciar o meio de tal modo que possa atingir seus objetivos.

Voltado para equipe
O empreendedor em geral não é somente um fazedor, no sentido obreiro da palavra.   Ele cria equipe, delega, acredita nos outros, obtém resultados por meio de outros.

Otimismo
O empreendedor é otimista, o que não quer dizer sonhador ou iludido. Acredita nas possibilidades que o mundo oferece, acredita na possibilidade de solução dos problemas, acredita no potencial de desenvolvimento.

Persistência
O empreendedor, por estar motivado, convicto, entusiasmado e crente nas possibilidades, é capaz de persistir até que as coisas comecem a funcionar adequadamente.

Inovação é oportunidade, não “risco”


Este final de ano foi marcado pelo lançamento, no Brasil, de uma novidade tecnológica ansiosamente aguardada, o iPad. E tenho notado, em meus contatos com os gráficos, a inquietação constante: “poderá a internet e, mais recentemente, o lançamento do iPad, de alguma forma, prejudicar o produto impresso?”
No passado, sempre que uma nova tecnologia era desenvolvida, os pessimistas alardeavam o pior. Foi assim com a chegada da televisão, que iria liquidar o rádio e o cinema - e os dois estão aí, mais fortes e dinâmicos do que nunca. Ambos os veículos souberam se reinventar, trazendo ao público aquele “mais” que torna um produto especialmente atrativo.
No caso do cinema, grandes sucessos de bilheteria sucedem-se temporada após temporada. “Avatar”, lançado no começo deste ano, já arrecadou mais de dois bilhões de dólares. Nada mau para uma mídia destinada a “morrer”... James Cameron soube utilizar a tecnologia, no caso a filmagem em “3D”, para levar aos cinemas multidões de espectadores que se encantaram com a criatividade do diretor.
Nos livros, títulos da série Harry Potter e Crepúsculo vendem milhões de exemplares para um público adolescente que já cresceu em um mundo digital. Prova de que, com criatividade e talento, o consumidor sempre é fisgado e lança-se com prazer ao que sente que acrescenta algo à sua vida.
As novidades, como o caso do iPad, podem até assustar no momento em que são lançadas, pois vêm com todo aparato da mídia mundial. Depois que a poeira baixa, percebemos que são apenas mais um veículo para os leitores, e que, como qualquer produto, encontrará usuários, sem, contudo, ameaçar os setores já existentes.
Outra preocupação pertinente no tocante ao avanço das mídias digitais no campo da informação diz respeito à qualidade dos conteúdos produzidos e armazenados. Megaempresas digitais, como a Apple e o Google, cresceram tanto, e com tantas ramificações, que não seria exagero afirmar que nos tornamos quase reféns desses conglomerados, e que estes podem, se assim o desejarem, manipular as informações de acordo com seus interesses. Outra desvantagem é que, ao consultar sites de busca como o Google e o Yahoo, a informação flui como uma cascata, sem qualquer filtro.
É aí que entra a credibilidade do produto impresso. Ao comprar uma revista ou um jornal, por exemplo, temos a certeza de que ele foi feito por profissionais experientes e preparados. Sabemos, de antemão, que as informações ali reunidas passaram por um crivo que as tornam mais confiáveis. E o consumidor busca sempre isso: credibilidade e confiança.

O que tenho sempre recomendado é que façam o que sempre fizeram – sobretudo aqueles que conseguiram êxito em seus empreendimentos: arregacem as mangas e procurem enxergar nas novas tecnologias uma oportunidade de crescimento. Agreguem valor ao seu negócio. Esse é o caminho que conduz ao sucesso.
Dieter Brandt
Dieter Brandt é presidente da Heidelberg para a América do Sul


http://www.empreendedor.com.br/

Depois de 44 anos de vida pública, Marco Maciel está sem tribuna parlamentar


Diferentemente de alguns colegas, Marco Maciel (DEM) evitou ocupar a tribuna do Senado, na data de ontem, para despedir-se da Casa.
Os que o fizeram – como Tasso Jerissati (CE), Heráclito Fortes (PI), Aloízio Mercadante (SP) e outros – deram um tom nostálgico aos seus discursos como se nunca mais fossem voltar para o Congresso.
 Marco Maciel, não. Depois das eleições, foi várias vezes à tribuna do Senado, mas não para lamentar a derrota ou coisa que o valha. Ele encarou o resultado das urnas com serenidade e manteve-se firme na defesa de uma reforma político-institucional para aumentar a “taxa de governabilidade” no país e melhorar a sua representação política. Por Inaldo Sampaio.

De olho lá fora

por Beatrice Gonçalves

Governo federal quer aumentar em 10% o número de pequenas empresas exportadoras até o fim do ano com programas de capacitação e estímulo ao comércio exterior, diz secretário de Comércio Exterior
Com o atual ritmo de crescimento da economia, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estima que o Brasil feche o ano de 2010 movimentando US$ 180 bilhões em exportações. Um valor 15% maior do que o registrado no ano passado. Segundo o ministério, a maior parte das empresas brasileiras que exportam – o equivalente a 48% do total – é de micro e pequeno portes. Mas apesar da grande quantidade, esse segmento movimenta pouco e é responsável por apenas 1,2% do volume total de produtos exportados.

Fortalecer essas empresas e estimulá-las a vender mais para o exterior estão nos planos da Secretaria de Comércio Exterior, órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento. A entidade estima que com programas de capacitação e estímulo ao comércio exterior é possível aumentar em 10% o número de empresas exportadoras de pequeno porte até o fim do ano.
O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, esteve em Florianópolis no 16º Congresso Nacional de Jovens Lideranças Empresariais (Conaje) para falar sobre a participação do Brasil no comércio exterior para mais de 1 mil empreendedores jovens. Barral, que está à frente da secretaria desde 2007, é formado em Direito e pós-doutor pela Georgetown University (EUA).
Quais são as metas da Secretaria de Comércio Exterior para este ano?
Welber Barral – Temos algumas macrometas definidas na política de desenvolvimento produtivo. Estamos trabalhando para que até o fim de 2010 o Brasil represente 1,25% das exportações mundiais e para aumentar em 10% o número de micro e pequenas empresas exportadoras. Queremos atingir a meta de US$ 180 bilhões em exportações este ano, o que representa um aumento de mais de 15% em comparação com o ano passado.

Que tipos de produtos e insumos o Brasil mais exporta?
Welber Barral – O Brasil tem uma indústria muito diversificada e, ao contrário de muitos países, não depende de um único produto. O Brasil exporta produtos e insumos como petróleo, minérios, soja, químicos, etanol, papel e celulose. No segmento de carnes o Brasil é um dos principais fornecedores para o mercado norte-americano; no setor de calçados vendemos muito para a Argentina, e no setor de construção civil somos muito fortes na África. Este ano, já é possível perceber um aumento nas exportações de todos esses itens em comparação com 2009, e isso é muito importante.

Quem são os principais parceiros comerciais do Brasil? Para onde o País exporta? 
Welber Barral – Nosso parceiro tradicional nos últimos 70 anos eram os Estados Unidos, mas há dois anos quem assumiu esse lugar foi a China. O país representa hoje 15% das exportações brasileiras. Em seguida, vêm os Estados Unidos, a Argentina e a Holanda. No caso da Holanda é preciso lembrar que o país é um dos principais pontos de entrada de produtos para a Europa. É possível perceber também um crescimento muito grande no comércio com os outros países membros do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).

Que produtos o Brasil costuma importar?
Welber Barral – Grande parte das importações brasileiras é de insumos para as empresas. Em 2009 a China foi o principal fornecedor de produtos para o País. Este ano, os Estados Unidos voltaram a ser o maior fornecedor, e em seguida vêm a China, a Alemanha e a Coreia do Sul. O Brasil importa entre outros produtos, como equipamentos mecânicos, elétricos, automóveis, químicos e farmacêuticos.

No primeiro semestre de 2010 o Brasil aumentou a importação de matérias-primas. A que se deve isso? 
Welber Barral – À medida que a indústria brasileira aumenta a produção, ela precisa importar mais insumos. Isso é um processo natural. O Brasil tem hoje uma economia muito aquecida e isso faz com que aumente as importações de todos os itens. É interessante observar que a economia brasileira está cada vez mais internacionalizada. Há um fenômeno novo que é o aumento do investimento brasileiro no exterior. No último semestre, houve mais investimento brasileiro no exterior do que investimento estrangeiro no Brasil. Essa é a primeira vez que isso acontece. São empresas que estão se internacionalizando, que estão fazendo aquisições no exterior e ao mesmo tempo criando novas empresas em outros países até como mecanismo de distribuição de produtos e eliminação de barreiras comerciais.

Qual é o perfil das empresas brasileiras que exportam?
Welber Barral – Os micro e pequenos negócios representam 48% das empresas exportadoras. Entretanto, se for considerado o volume total de exportações, elas representam apenas 1,2% do mercado. Se nós agregarmos a esses números as empresas de médio porte, chegaremos a um volume em torno de 8% das exportações. Isso é muito pouco. Há um grande potencial para inclusão de micro, pequenas e médias empresas no comércio internacional.

O que a Secretaria de Comércio Exterior tem feito para estimular mais empresas a exportar?
Welber Barral – Temos uma série de programas de estímulo à exportação. Há setores que foram escolhidos como prioritários como o de promoção das exportações de micro e pequenas empresas e, por conta, disso estamos implementando nos estados o programa Primeira Exportação para acompanhar todo o processo de vendas para o exterior. Há setores em que temos que fortalecer a competitividade do Brasil; aí nós incluímos o setor têxtil e o moveleiro, e outros onde o Brasil já é competitivo, mas é preciso consolidar mercado. Esse é o caso da indústria aeronáutica, do bioetanol, da mineração e do petróleo. Para cada um desses setores há um programa específico para aumentar a produtividade.

Quais são hoje os principais problemas que as empresas encontram quando decidem exportar?
Welber Barral – O sistema tributário brasileiro é muito complexo e acaba por onerar quem exporta. Um dos grandes problemas é o acúmulo de tributos na cadeia. Quanto mais longa a cadeia produtiva, mais há acumulação de tributos. Outro problema é o de logística. O custo de transportar a soja de uma cidade de Mato Grosso até o porto é o mesmo do transporte do porto até a China. Há ainda o gargalo da burocracia e a de falta de mão de obra qualificada. Mas esses não são problemas recentes. O sistema tributário brasileiro foi criado nos anos 1940, o sistema de logística ficou 30 anos sem investimentos e a burocracia já vem desde o império português.

Como a secretaria tem feito para melhorar essas condições?
Welber Barral – Conseguimos reduzir o volume dos impostos através do drawback. Com esse mecanismo o exportador brasileiro pode comprar insumo no mercado nacional e internacional sem precisar pagar encargos como PIS, Cofins e IPI. Nós estamos trabalhando para estender o drawback para que o exportador não precise pagar também o ICMS cobrado pelos estados. Uma mudança importante aconteceu também há dois anos, quando tivemos um aumento no valor da Declaração Simplificada de Exportação (DSE), em que com um único documento é possível fazer uma operação de exportação de até U$S 50 mil por embarque. Antes o limite era de US$ 20 mil. Depois dessa mudança tivemos um aumento de 130% na exportação simplificada. O grande problema é que ele só pode ser feito por via aérea. Estamos discutindo para estender esse sistema para via marítima.

A secretaria tem trabalhado para aumentar a formação de consórcio de pequenas e médias empresas para exportação?
Welber Barral – Foi criada uma nova regulamentação para consórcios de exportação que já está em vigor há um ano. Essa regulamentação facilita a criação de consócios de exportação e dá algumas vantagens, como redução tributária e facilidade para fazer o drawback, para que esse grupo de empresas possa entrar no mercado internacional. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) tem ajudado muito a divulgar esses consórcios no cenário internacional.

Que outros projetos de melhoria nessa área estão sendo discutidos na secretaria?
Welber Barral – Hoje a pequena e média empresa, quando está enquadrada no Simples, pode faturar até R$ 2,4 milhões por ano sem sair do Simples. Se ela passar esse teto cai no regime normal de tributação. Estamos propondo uma mudança de lei complementar que precisa passar pelo Congresso. O que pretendemos fazer é que o volume total do que for exportado não faça parte dessa base de cálculo. Isso permite que a empresa venda R$ 2,4 milhões no mercado interno, mais R$ 2,4 milhões em exportações, gerando um grande incentivo para que as pequenas empresas ingressem no mercado internacional sem sair do Simples.

O Brasil já fechou um acordo com a Argentina para o uso de moedas locais nas transações comerciais. Quais são as vantagens que esse tipo de sistema oferece?
Welber Barral – A grande vantagem é evitar a taxa de conversão, já que a liquidação da operação é na moeda local e ao mesmo tempo evita oscilações cambiais que possam comprometer o faturamento da empresa exportadora. O maior uso de moeda local é melhor para a pequena e a média empresa porque, dependendo do valor, é possível reduzir até em 4% o custo financeiro da operação. Isso cria um incentivo para a empresa. Estamos trabalhando agora para divulgar mais esse instrumento. Muitas operações que poderiam ser feitas em moeda local não estão sendo feitas por desconhecimento das empresas.

Como tem sido a atuação do Brasil no mercado internacional?
Welber Barral – O Brasil de 2010 é um país muito diferente de dez anos atrás. É um país que tem mais presença nos foros internacionais e tem um pioneirismo muito maior nos debates. Pelos números da exportação é possível perceber isso. Em 2005, o Brasil comemorou quando exportou o equivalente a US$ 100 bilhões, e três anos depois chegou a quase US$ 200 bilhões em exportações.

Quais são os grandes desafios para os próximos anos?
Welber Barral – Acredito que seja aumentar a competitividade dos produtos brasileiros. A ideia de que o Brasil vai se fechar só no mercado interno e que o consumo do País será responsável pelo crescimento brasileiro é ilusória. Cada vez mais se observa que a divisão entre mercado interno e externo é uma divisão artificial. Uma empresa de Biguaçu (SC) que não for competitiva no mercado norte-americano, não será competitiva no mercado de Florianópolis.


Contato:
Welber Barral: www.mdic.gov.br

Conteúdo publicado no Revista Empreendedor

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Edital de novo concurso dos Correios sai no começo de janeiro

Expectativa é aplicar provas até o segundo bimestre de 2011.

Alvo de polêmica, seleção anterior foi revogada e taxas serão devolvidas.

Do G1, em São Paulo
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Os Correios informaram que o edital do novo concurso será lançado "nos primeiros dias de janeiro" e deverá ter mais do que as 6.565 vagas oferecidas na seleção aberta em 2009 e interrompida neste ano por conta de briga judicial. Nesta quinta-feira (16), foi realizada uma audiência pública em Brasília para discutir a minuta do  novo edital para cargos de nível médio e superior e colher sugestões para aprimorar o processo.
A ECT informou que recebeu 60 sugestões sobre o assunto, via e-mail, que foram analisadas e apresentadas na audiência.
De acordo com a assessoria de imprensa dos Correios, os candidatos do concurso que foi revogado receberão correspondência em casa formalizando o cancelamento e informando que eles deverão comparecer em agência própria, e não franqueada, dos Correios, a partir de 10 de janeiro, com documento de identificação, para receber a taxa de inscrição de volta. As taxas de inscrição variaram R$ 30 a R$ 60, de acordo com o cargo.
O candidato que quiser prestar o novo concurso terá de fazer uma nova inscrição, que será  realizada via internet - as agências dos Correios vão disponibilizar computadores para os candidatos que não tiverem acesso à internet.
Os cargos deverão ser os mesmos, com a mesma proporcionalidade de postos oferecidos, diz a assessoria dos Correios. O conteúdo programático deverá mudar pouco em relação ao edital anterior.
A expectativa é aplicar as provas até o segundo bimestre de 2011 e iniciar as contratações ainda no primeiro semestre do próximo ano. Todas as etapas do concurso serão acompanhadas pela Polícia Federal.
Lançado o edital, serão realizadas as licitações para as empresas responsáveis pela elaboração, impressão e aplicação das provas. A fase de inscrição será de responsabilidade dos Correios. A elaboração e impressão das provas ficarão sob responsabilidade de uma organizadora de concurso de âmbito nacional, segundo os Correios. Depois haverá uma nova licitação para escolher as 28 empresas que aplicarão as provas regionalmente. A medida de colocar uma organizadora em cada estado tem o objetivo de, em caso de haver problemas, eles serem solucionados localmente.
Disputa judicial

O concurso anterior, cuja prova estava marcada para 28 de novembro e acabou adiada, foi  questionado pelo Ministério Público Federal por conta do contrato com a organizadora Cesgranrio, que não foi feito por meio de licitação. A disputa judicial fez com que os Correios adiassem a prova e concordassem em devolver as taxas de inscrição.

Ao todo, 1.064.209 pessoas se inscreveram para a seleção que foi revogada. É o concurso que teve mais candidatos neste ano, superando inclusive o do IBGE, para 192 mil vagas de recenseador, que teve 1.051.582 inscrições.
Em outubro, em decisão judicial concedida em caráter liminar pela 5ª Vara da Justiça Federal de Brasília, foi suspenso o processo de contratação da Cesgranrio. No dia 24 de novembro, no entanto, a Justiça Federal em Brasília acatou o recurso dos Correios e manteve o contrato com a instituição. Mesmo assim, os Correios decidiram revogar a seleção.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Cuidado ao elaborar o currículo


O currículo, etapa anterior à entrevista, merece um atenção especial. Tópicos muito extensos devem ser evitados, além de que os candidatos precisam estar com o olhar voltado para a apresentação do documento, com destaque para textos com escrita justificada e principalmente com um bom português. “O que nos chama mais atenção são os currículos, desde a forma como as pessoas o elaboram: com muitos erros de português e com questões que não nos interessam a exemplo de expressões ‘sou animada’, ‘gosto de fazer musculação’, ou ‘falo inglês intermediário’, e ‘português avançado’. Estes são casos clássicos e tem também as fotos que são exageradas e de situações completamente informais”, cita a consultora Maria Helena Morais, da MRH Gestão de Pessoas e Serviços.
Um dos fatores mais importantes na elaboração do currículo se refere à veracidade das informações prestadas. Mentiras são inadmissíveis, na visão dos selecionadores. De acordo com a consultora de Recursos Humanos da Catho Online Daniella Correa, as inverdades são sempre descobertas na hora da entrevista (etapa presencial), onde o candidato é facilmente desmascarado.  “Mesmo assim, se a mentira não for identifica na entrevista, será difícil para o profissional mantê-la no dia a dia”, orienta.
Entre as orientações para preparar bem o currículo, além de priorizar informações verdadeiras, é expor as principais experiências, descrevendo detalhes (sem ser muito extenso). Dê indícios das atividades que costumava desempenhar no antigo emprego, para que assim você seja encaminhado para o setor adequado ao seu perfil. 
Coloque foto no currículo apenas se tiver um diferencial que conte pontos a favor. Na dúvida, deixe a avaliação para a hora da entrevista, quando vai estar cara a cara com o selecionador. Há uma certa discriminação e a incidência de erro na escolha da foto é grande. Mas se preferir por uma foto no currículo, fuja de roupas e poses sensuais. “Uma vez, me deparei com um currículo onde uma candidata imprimiu em uma folha inteira uma foto com decote enorme, mostrando o sutiã, e uma saia bem curtinha. Para complementar o visual, ela estava em uma pose muito sensual. Isso jamais pode acontecer. Fotos em festa, como que está saindo de um baile de formatura, e tiradas de redes sociais como orkut e facebook não devem ser usadas nunca”, avisa a psicóloga organizacional Ethyenny Menezes. (JS)