sábado, 15 de setembro de 2012

Dilma indica juiz que livrou Arruda e Palocci para ocupar cadeira no STF

   



   
   
(reproduções - web)
Para se blindar contra pressões de setores do PT que se movimentavam no meio do julgamento do mensalão para patrocinar um nome ligado à legenda para o Supremo Tribunal Federal, a presidente Dilma Rousseff decidiu indicar o nome de Teori Zavascki, ministro do Superior Tribunal de Justiça, para a vaga aberta na semana passada, com a aposentadoria do ministro Cezar Peluso.
O indicado foi um dos dois ministros do STJ que, em fevereiro de 2010, votaram contra pedido de prisão do então governador do DF, José Roberto Arruda - ante dez votos favoráveis -, posteriormente cassado. Mais recentemente, rejeitou recurso do Ministério Público contra o ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.
Segundo integrantes do governo, Zavascki disse que não participará do julgamento do mensalão. Desde o início das sessões pelo STF, Dilma determinou a seus auxiliares que não atraíssem o julgamento para o Planalto. A indicação de Zavascki em sete dias evita que o processo do mensalão contamine a indicação.
O nome de novo ministro foi cotado para o Supremo ainda no governo Lula. Coube ao ex-ministro da Justiça Nelson Jobim e ao ministro do STF Gilmar Mendes levar pessoalmente o nome de Zavascki a Lula. Numa conversa a portas fechadas com um auxiliar, o ex-presidente deu a entender que não estava disposto a indicá-lo.
Com Dilma. Quando a presidente Dilma assumiu o governo, o nome de Zavascki foi de novo cogitado. Na ocasião, ela conversou com Palocci, então ministro da Casa Civil. Emissários do governo chegaram a perguntar como Zavascki se posicionaria no julgamento do mensalão.
O ministro evitou se comprometer. Disse que não poderia se pronunciar, pois não conhecia o processo. Formalmente, Zavascki poderia participar do julgamento, desde que fosse sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, aprovado pelo plenário e depois empossado pelo STF. "Se ele vier a tempo de participar do processo, tem todos os poderes iguais aos dos demais ministros", avisou o presidente do STF, Ayres Britto.

No entanto, esse trâmite levará semanas. Por isso, poucas são as chances de ele ser empossado até o fim do processo. E o julgamento for célere, Zavascki terá de se considerar preparado para julgar um caso no qual ele nunca tocou. Ele não poderia, conforme o ministro Marco Aurélio Mello, pedir vista do processo. "Há norma regimental prevendo que, mesmo não assistindo ao relatório e às sustentações da tribuna, se o integrante do Supremo se declarar habilitado a votar, ele pode. O que ele não pode é pedir vista para ficar habilitado." Integrantes da Corte e advogados dizem ser improvável que Zavascki participe do julgamento.
Palocci. Antes da posse de Dilma, Zavascki julgou processo de interesse de Palocci, que coordenou a campanha presidencial do PT. Em seu voto, seguido sem nenhuma manifestação pelos ministros da 1.ª Turma do STJ, Zavascki rejeitou recurso do Ministério Público contra decisões da primeira e segunda instâncias em favor de Palocci. A decisão limpou a ficha daquele que seria ministro da Casa Civil, acusado de irregularidades quando prefeito de Ribeirão Preto (SP).
O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Nino Toldo, avalia que Zavascki é "um quadro técnico com larga experiência na magistratura e reúne todos os requisitos" para estar no STF. Ophir Cavalcanti, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, diz que o indicado "tem suas raízes na advocacia e chega ao STF por meritocracia". Zavascki é ministro do STJ desde 2003. Sua atuação é criticada por tributaristas. Eles afirmam que o ministro sempre se pronunciava a favor da Fazenda quando havia uma disputa da União com contribuintes.
Seus amigos dizem que Zavascki é sensível a questões importantes para a governabilidade, a saúde das contas públicas e a questões de interesse do Estado.
Ex-advogado do Banco Central, Zavascki integrará a Corte quando estiver em pauta processo milionário e de interesse do BC e de instituições financeiras. O STF terá de julgar a constitucionalidade dos planos econômicos Cruzado, Bresser, Verão, e Collor 1 e 2.
Felipe Recondo - Estadão

'Forbes' escolhe as mulheres mais poderosas e estilosas do mundo

Reuters
Reuters


No mês passado, a revista Forbes elegeu as mulheres mais poderosas do mundo e colocou Dilma Rousseff na capa. Semanas depois, a publicação resolveu selecionar não mais que 15 deste já seleto grupo, e acaba de lhes conceder o título das poderosas mais influentes na moda.

Dilma desta vez está fora do ranking, e também Hillary Cliton que, diz a publicação, não gosta da pauta. Já Michelle Obama, referência inabalável no porte de primeiras-damas mundo afora, é um dos destaques da relação. O trunfo de Michelle, diz a revista, é sua "estratégia de baixo custo com alto estilo".

Veja galeria com a relação completa das mais poderosas fora e também na moda. Tem brasileira no meio:

Angelina Jolie - atriz
Angela Ahrendts - CEO da Burberry

Sheryl Sandberg - CEO do Facebook

Lady Gaga - cantora

A rainha Elizabeth II

Jennifer Lopez - cantora e atriz

Anna Wintour - editora-chefe da edição norte-americana da revista 'Vogue'

Michelle Obama - primeira-dama dos EUA

Diane Von Furstenberg - estilista belga

Arianna Huffington - escritora americana

Beyoncé - cantora

Marissa Mayer - CEO do Yahoo!

Sofia Vergara - atriz, apresentadora e modelo colombiana

Gisele Bündchen - modelo

Oprah Winfrey - apresentadora

Estadão

Número de falências decretadas entre micro e médios empreendimentos cresce até 71,42%

O número de falências decretadas entre micro empresas cresceu 24% em um ano. De acordo com dados do Serasa Experian, foram decretadas 54 falências em agosto do ano passado contra 67 no mesmo mês deste ano. No caso das médias empresas, a alta é ainda mais expressiva: 71,42% - 12 empresas decretaram falência contra 7 negócios em agosto de 2011.

No caso das médias empresas, também houve alta no número de falências requeridas. Segundo o mesmo levantamento, em agosto do ano passado foram 29 pedidos contra 50 solicitações em agosto deste ano - alta de 72,41%. No caso das micro, houve queda nesses pedidos - de 121 para 118 (-2,47%).

Essas altas, analisam os especialistas da entidade, ocorrem por diversos motivos. No 3º trimestre do ano passado, por exemplo, a atividade econômica estagnou e isso iniciou a um período mais crítico para as finanças empresariais. Por isso, mesmo com um indício de recuperação neste ano, há muitos empreendimentos que ainda precisam reverter os prejuízos acumulados.

Estadão

Chega ao Brasil sorveteria com 11 milhões de combinações de sabores


Guadalupe F. Presas/Divulgação
Guadalupe F. Presas/Divulgação

Joaquim Presas, um dos quatro sócios que investiram cerca
de R$ 4 milhões para trazer a rede ao País

Escolher um sabor em meio a 11 milhões de combinações pode soar como uma tortura para o consumidor mais indeciso. Mesmo assim, o universo quase infindável de opções é o mais apregoado apelo de marketing da rede de sorveterias norte-americana Coldstone, que acaba de chegar ao Brasil.

A marca, aqui administrada por quatro sócios, começou a funcionar dia 21 de agosto com uma unidade em Curitiba. Eles investiram US$ 2 milhões (cerca de R$ 4 milhões) pela exclusividade da operação, com a contrapartida de lançar 30 unidades no País em quatro anos, viabilizadas por meio do sistema de franquias.

A cidade de São Paulo deve receber a segunda loja brasileira da rede até fevereiro de 2013. A sorveteria paulistana, aliás, será a unidade padrão, segundo Joaquim Fernandez Presas, que além de sócio é responsável pelo marketing da rede.

“A gente está ainda negociando o ponto em São Paulo. Procuramos um lugar de alto padrão para nosso posicionamento”, afirma Presas, que ainda não tem definido o investimento necessário para cada franquia. “Ainda estamos definindo fornecedores brasileiros e até a nacionalização de alguns equipamentos. Trabalhamos com um valor entre R$ 400 mil e R$ 600 mil”, destaca.

Matemática milionária. Dona de um catálogo de 86 sabores e um mix de 160 itens - como coberturas - que podem ser adicionados ao produto (daí a conta de 11 milhões de combinações), a Coldstone tem 1,9 mil unidades ao redor do mundo (79% delas nos Estados Unidos) e faturou, em 2011, US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 3 bilhões).

Mas apesar da pujança de opções, a versão brasileira da rede ainda trabalha na definição de seu sortimento. Na loja de Curitiba, utilizada como teste para a operação, Joaquim Presas mantém um cardápio com 22 sabores e 40 ingredientes. A preocupação, diz o empresário, é não confundir o cliente.

“Na Coldstone, a pessoa escolhe o sabor da massa, que é esticada em uma pedra de granito gelada, e nosso funcionário acrescenta o mix escolhido. O problema é que, o excesso de oferta, percebemos, pode deixar algumas pessoas confusas. Estamos introduzindo as opções e monitorando, semana a semana, a aceitação de cada uma”, destaca o empresário.

RENATO JAKITAS - ESTADÃO

Quer abrir uma franquia? Confira linhas de crédito exclusivas oferecidas por bancos brasileiros



Em constante crescimento e com um faturamento de R$ 88,8 bilhões no ano passado, o setor de franquias não fica de fora das estratégias dos bancos. As instituições financeiras olham com atenção para esse segmento e ofertam linhas específicas de crédito para os franqueados. As linhas tradicionais também estão disponíveis para os clientes do setor.

Cuidados
A contratação de crédito exige cautela. Para o diretor da consultoria Francap, André Friedheim, a recomendação é usar capital próprio para abrir a primeira franquia. "É uma questão de foco nos negócios. O empresário precisa se concentrar em fazer o negócio dar certo. Se ele pegar crédito, vai ter mais uma preocupação e um compromisso para cumprir", afirma.

O uso do crédito, na avaliação de Friedheim, começa a ficar mais atrativo a partir da segunda unidade ou mesmo para reformar a primeira instalação. "Além das questões pessoais, o banco vai fazer a análise da rede e das taxas de retorno. E pode até pegar como garantia a própria operação da franquia", diz o consultor.

Se tornar cliente do banco onde a rede já tem convênio pode ser a melhor alternativa, mas a pesquisa para encontrar as melhores condições de crédito é fundamental antes da assinatura do contrato.


Confira algumas linhas de crédito oferecidas pelos bancos para franquias

BB Franquia
Programa criado para estimular e apoiar empresas do setor com uma série de linhas de crédito. Entre as linhas está o BB Giro Rápido para capital de giro. A linha tem limite de R$ 120 mil, prazo de 24 meses para pagamento e carência de até 59 dias para a primeira parcela.

Itaú Unibanco
Tem a linha Compror Franquias, indicada para compras de um único fornecedor. O crédito ajuda na montagem de estoque. Além disso, o cliente consegue fazer o gerenciamento das finanças no portal e pode antecipar o recebimento das vendas feitas via cartão de crédito.

Bradesco
Tem uma linha de crédito para capital de giro desenvolvida para o setor com carência para início do pagamento e parcelas escalonadas de acordo com o período de maturação da loja ou sazonalidade do negócio. Também tem a linha Compror Franquias para aquisição de mercadorias do franqueador.

Caixa Franquia
Programa de relacionamento com o setor que contempla linhas de financiamento e consultoria empresarial. A linha BCD Franquias, por exemplo, é voltada para financiamento de máquinas e equipamentos para os franqueadores. A taxa de juros varia de 1,36% a 1,76% ao mês, com prazo de até 60 meses e carência de até 12 meses.

HSBC 
Entre os produtos do HSBC está a linha Capital de Giro Franquias com prazo de até 42 meses (carência nos seis primeiros meses, com pagamento apenas dos juros); financiamento de até 60% do valor do projeto e equipe especializada no acompanhamento da operação.

Santander Franquias
Modelo apoiado em quatro pilares: produtos e serviços, consultoria financeira, apoio ao empreendedor e análise de mercado. Entre os produtos do banco está a linha para ampliação de expansão da loja, com carência de até seis meses, prazo de até 60 meses e taxas a partir de 1,20% ao mês.

GISELE TAMAMAR - ESTADÃO

Após confirmar 'valerioduto', STF vai averiguar se existiu compra de votos


Após confirmar a existência de um esquema de obtenção de empréstimos fictícios (gestão fraudulenta) e a ocultação da origem dos valores (lavagem de dinheiro), o Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar a analisar na próxima semana se de fato ocorreu compra de votos (corrupção) na Câmara dos Deputados pelo governo em 2003 e 2004, início do mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os repasses mensais a deputados da base aliada, supostamente pagos em troca de apoio político nas votações na Casa, foi o que se denominou "mensalão", conforme denunciou em 2005 o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB.

Na semana passada, os ministros concluíram a análise do julgamento do terceiro item analisado, sobre lavagem de dinheiro, com oito condenações. Ele confirmaram a tese da Procuradoria Geral da República de que o grupo de Marcos Valério desviou recursos públicos e recebeu empréstimos fraudados, concedidos pelo Banco Rural sem expectativa de serem quitados.
Agora, os magistrados terão de decidir se esse dinheiro foi utilizado para o pagamento de propina a políticos da base aliada com a finalidade de beneficiar o governo de Lula em votações no Parlamento.
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Os ministros Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello, durante análise do item sobre lavagem de dinheiro no processo do mensalão, na última quinta-feira (13) no STF (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello, durante análise do item sobre lavagem de dinheiro no processo do mensalão, na última quinta-feira (13) no STF (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)
Além de lavagem de dinheiro, já foram julgadas as acusações sobre desvio de recursos públicos e gestão fraudulenta. Com isso, 10 dos 37 réus da ação penal já foram condenados e três absolvidos.
O item 6 da denúncia da Procuradoria Geral da República, quarto a ser julgado, aborda corrupção entre políticos de partidos da base aliada (PT, PP, PL [atual PR], PTB e PMDB).
Neste item, 17 dos 23 acusados que serão julgados ainda não tiveram suas condutas analisadas, entre eles o chamado "núcleo político" do esquema, integrado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares.
Segundo a denúncia feita em 2006, Dirceu, Genoino e Delúbio tinham "entre seus objetivos angariar ilicitamente o apoio de outros partidos políticos para formar a base de sustentação do governo federal". Para isso, pagaram "vultosas quantias" a parlamentares.
Defesa dos réus
O advogado José Luis Oliveira Lima, que representa José Dirceu, diz que não vai se manifestar sobre o julgamento do mensalão até que os ministros de pronunciem sobre seu cliente.

"Não estou comentando as decisões do Supremo até agora por respeito aos ministros", disse.
O advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, que representa Roberto Jefferson – delator do suposto esquema –, afirmou ao G1 considerar que a condenação, até agora de 10 dos 37 réus no processo, não terá efeito negativo no julgamento de seu cliente.
"Essas condenações não dizem respeito ao Roberto Jefferson, não afetam a defesa dele. Esperamos o acolhimento da nosso pedido de absolvição", afirmou.
Barbosa disse ainda que Jefferson está "esperançoso" com a próxima etapa do julgamento. "Ele está animado e esperançoso de que possa ser inocentado", disse.
O advogado José Antônio Duarte, que defende o deputado federal Pedro Henry (PP-MT), não demonstra o mesmo otimismo. Ele afirmou acreditar que haverá "muitas condenações" a partir de segunda-feira. Henry é acusado de negociar o repasse de R$ 3 milhões ao PP em troca de apoio em votações do Congresso.
"Muitos dos nossos argumentos técnicos já foram superados. Os ministros decidiram, por exemplo, que não é preciso ato de ofício em troca da vantagem indevida no crime de corrupção passiva. Acredito que vai ter bastante condenação", disse.
Duarte afirmou, contudo, ter esperança de que os ministros individualizem a atuação de Pedro Henry. Segundo o advogado, o deputado federal não teve conhecimento do dinheiro obtido pelo PP. "Está comprovado que ele não teve conhecimento dos recursos, então a situação dele é diferente da dos demais réus. Se não fosse essa situação acho que seria difícil a absolvição".
Durante as sustentações orais no STF, vários advogados de defesa argumentaram que houve somente caixa dois (uso de dinheiro não contabilizado na campanha eleitoral) e não que o dinheiro recebido pelos clientes do PT servia para compra de votos, mas sim para o pagamento de despesas de campanha.
Os defensores disseram ainda que o processo não prova que houve "ato de ofício", ou seja, atitude no exercício da função em troca do recebimento de vantagem indevida.-
Aém de políticos, o chamado "núcleo publicitário", também é acusado nesse item de "corromper" parlamentares. São réus Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Do grupo, só Geiza não foi condenada por outros crimes.As acusações
Entre as acusações aos 23 réus estão corrupção ativa (oferecer vantagem a servidor público), com pena de 2 a 12 anos; corrupção passiva (receber vantagem indevida), que também pode resultar em prisão de 2 a 12 anos; formação de quadrilha, cuja pena é de 1 a 3 anos; e lavagem de dinheiro; que pode resultar em prisão de 3 a 10 anos.

Os réus dos núcleos político e publicitário são acusados em todos os quatro subitens: PP, PL, PTB e PMDB.
No PP, os acusados são o deputado federal Pedro Henry, o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), João Cláudio Genú, que era assessor do falecido José Janene, e os corretores de valores Breno Fischberg e Enivaldo Quadrado. Os dois últimos teriam recebido dinheiro de Valério e tentado ocultar a origem antes de repassar aos parlamentares.
O segundo subitem, sobre o PL (atual PR), tem outros quatro réus: o deputado federal Valdemar Costa Neto (PL-SP), Jacinto Lamas, Antônio Lamas e Bispo Rodrigues. A PGR pediu a absolvição de Antônio Lamas por falta de provas do envolvimento dele no suposto esquema.
Em relação ao terceiro subitem, relativo ao PTB, também são quatro os acusados: o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, que responde por corrupção ativa por supostamente corromper o PTB no esquema. São réus ainda o presidente do PTB, Roberto Jefferson, o ex-deputado Romeu Queiroz e Emerson Palmieri, assessor de Adauto.
O quarto subitem envolve Jorge Borba, do PMDB. Em todos os quatro subitens réus do núcleo político e o núcleo publicitário são acusados.
Ainda não se sabe se o relator da ação penal, o ministro Joaquim Barbosa, fará a votação por subitens ou se votará de uma vez sobre todos os réus. Na análise do primeiro item do julgamento, sobre desvio de recursos públicos, ele optou por votar por subitens.
G1

Valério afirma que Lula era 'chefe do mensalão', diz revista


Marcos Valério - Capa revista Veja (Foto: Reprodução)Marcos Valério na capa da revista 'Veja'
deste fim de semana (Foto: G1)
Reportagem publicada na edição deste final de semana da revista “Veja” afirma que Marcos Valério, apontado como o operador do esquema que ficou conhecido como mensalão, disse a pessoas próximas que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o "chefe e fiador" do esquema e tinha conhecimento das operações do suposto esquema do mensalão, atualmente em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a revista, a reportagem foi feita com base em declarações de parentes, amigos e pessoas associadas a Marcos Valério. O texto diz: "O medo ainda constrange Marcos Valério a limitar suas revelações a pessoas próximas. Até quando?".
Segundo a reportagem, Lula "teria se empenhado diretamente na coleta de dinheiro" para o esquema e tinha o ex-ministro José Dirceu, réu no processo do mensalão, como seu "braço direito".
Segundo Marcelo Leonardo, advogado de Marcos Valério, o cliente dele não confirma nada do que está na edição da revista "Veja" deste sábado. Questionado se ele desmente o que foi publicado, o advogado se limitou a reafirmar que Marcos Valério não confirma nada e que a revista deixa claro, na "Carta ao Leitor", que ouviu "parentes, amigos e associados" para elaborar a reportagem. Se confirmada, essa seria uma nova versão de Valério para o escândalo. Em diversas declarações desde 2005, Valério e nenhum outro réu no julgamento do mensalão no STF nunca haviam envolvido o ex-presidente diretamente ao caso. Lula não é réu no processo.
O advogado disse que Marcos Valério não dá entrevista desde 2005, quando falou com a Globo Minas, e não seria agora que ele falaria.
Até o horário de publicação desta reportagem, o G1 tentou, mas não conseguiu contato com o Instituto Lula, que representa o ex-presidente, para comentar a reportagem da revista.
R$ 350 milhões
Segundo a publicação, o caixa do PT no esquema seria de “pelo menos” R$ 350 milhões. O valor é quase três vezes superior ao que foi denunciado pelo Ministério Público Federal.

“Da SMP&B vão achar só os 55 milhões, mas o caixa era muito maior. O caixa do PT foi de R$ 350 milhões, com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver com a SMP&B, nem com a DNA”, afirmou o empresário, segundo a revista.
A reportagem não informa quais seriam as fontes desses R$ 350 milhões.
Marcos Valério já foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que julga o processo do mensalão, pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e peculato.
Segundo a reportagem, ao ser abordado pela revista na última quarta-feira (12) em Belo Horizonte, Marcos Valério afirmou. “O PT me transformou em bandido”.
A reportagem afirma que, nos últimos dias, Valério tem confidenciado a amigos e pessoas próximas detalhes de um acordo que teria firmado com o PT.
Segundo a revista, para proteger “figurões do partido”, Valério teria assumido a responsabilidade por crimes que não cometeu sozinho. Teria recebido garantias, segundo a revista, em troca do silêncio. A reportagem afirma que, para amigos, Valério afirmou que corre risco de morte caso conte tudo que sabe. “Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo”, teria afirmado o empresário.
A reportagem afirma também que Delúbio Soares , que também é réu no processo do mensalão, tinha a missão de ajudar na captação dos recursos e definir o nome dos políticos que receberiam os recursos. O aval era dado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, também réu no processo que está sendo julgado pelo STF.
G1

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Lula sabe desde 1995 que Delúbio Soares é um especialista em desvio de dinheiro

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César Benjamin filiou-se a um grupo clandestino de extrema-esquerda aos 15 anos, atravessou os dois seguintes metido na luta armada, foi preso aos 17, torturado durante meses e expulso do país aos 22. Voltou do exílio aos 24, ajudou a fundar o PT aos 26 e foi um dos coordenadores das duas primeiras campanhas presidenciais de Lula. Rompeu com o partido em 1995, mudou-se mais tarde para o PSOL e foi candidato a vice-presidente na chapa de Heloísa Helena.
Aos 57 anos, o agora diretor da editora Contraponto não tem nada a ver com a elite golpista, com louros de olhos azuis ou paulistas de quatrocentos anos. Mas entre César Benjamin e a esquerda governista existe um fosso que começou a ser escavado em 1994 e assumiu dimensões amazônicas em 2005, quando revelou, num programa da TV Bandeirantes, que deixara o PT por ter testemunhado a gestação do escândalo do mensalão ─ e por ter fracassado na tentativa de abortar o monstrengo.
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Em 1993, contou César, Lula se dispensara de consultas e conselhos para indicar o representante da CUT, o braço sindical do PT, no Conselho do Fundo de Assistência ao Trabalhador. Só trocou ideias com José Dirceu. Cabe a um conselheiro do FAT decidir onde, quando e como serão investidos os muitos milhões movimentados mensalmente pela entidade. O chefe resolveu transferir do semianonimato para um empregão o companheiro goiano que dava aulas de aritmética a crianças do curso primário e lições de greve a marmanjos inexperientes. Chamava-se Delúbio Soares.
No início da campanha presidencial de 1994, César Benjamin descobriu que Delúbio, com espertezas ilegais, vinha desviando do FAT para o PT quantias com dígitos suficientes para deixar excitado um banqueiro de paraíso fiscal. Confiante na discurseira sobre valores éticos, relatou o que sabia aos mandarins do partido. Ao longo da narrativa, espantou-se com a expressão serena dos ouvintes. Ficou mais espantado ainda ao ouvir de Lula e José Dirceu que, “em nome do partido”, deveria esquecer o assunto.
Ignorou a recomendação até render-se às evidências de que havia denunciado um criminoso aos mandantes do crime. Em 1995, César despediu-se de Lula com um aperto de mãos e uma advertência: “Isso aí é o ovo da serpente”. Era mesmo, soube-se dez anos mais tarde. A trama exposta por César nunca foi desmentida ou retocada pelos acusados. Todos submergiram no silêncio que consente, endossa ou autoriza. Na campanha presidencial de 2002, já promovido a tesoureiro do partido, Delúbio passou a acumular o cargo de diretor-financeiro da quadrilha do mensalão. Em 2005, o escândalo explodiu.
O primeiro depoimento na CPI dos Correios tornou nacionalmente conhecida a figura a quem Lula se referia como “nosso Delúbio”. A voz pastosa de quem comeu arroz com Lexotan, o olhar sem luz que só boladas em dólares iluminam, o sorriso cínico dos que se acham condenados à perpétua impunidade ─ o discurso e a estampa compunham o retrato de um PT envilecido pela revogação dos valores morais. O depoente só abriu a boca para contar mentiras. Batizar a roubalheira imensa de “recursos não contabilizados”, por exemplo.
Em outubro de 2005, ao festejar o 50° aniversário numa fazenda em Goiás, o caixa do bando esbanjava tranquilidade. “Não é hora de falar, e sim de esperar o tempo passar”, disse ao repórter do Estadão.  “E aí ficará provado que eu não errei”. Caprichando na pose de inocente, culpou a imprensa e os adversários. “O PT não usou dinheiro público, como fizeram os outros partidos, quando estavam no governo. Nós fizemos diferente do PFL e do PSDB. Usamos dinheiro de empréstimos privados de um empresário para fazer pagamentos de campanha e deu a confusão que deu”.
Fez duas previsões. Depois de admitir que o PT dificilmente deixaria de expulsá-lo, avisou que não demoraria a voltar sob os aplausos dos companheiros. Acertou. Depois de repetir que o mensalão não existiu, fez a segunda aposta: “Nós seremos vitoriosos, não só na Justiça, mas no processo político. É só ter calma. Em três ou quatro anos, tudo será esclarecido e esquecido, e acabará virando piada de salão”. Errou feio. O que virou piada foi o palavrório forjado pelos delinquentes para escapar da cadeia.
No momento, como registra o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, é improvável que Delúbio Soares esteja pensando em comemorações. Se resolver festejar o aniversário, corre o risco de ouvir o Parabéns a Você entoado por meia dúzia de parentes. Nem os velhos comparsas vão querer apagar velinhas ao lado do companheiro que, em outubro, já será mais um corrupto condenado pelo Supremo.
Augusto Nunes - Veja

Em troca de um ministério, Marta topa acordar no palanque de qualquer parceiro

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A agenda telefônica de Marta Teresa Smith de Vasconcelos Suplicy informa que a filha da aristocracia sempre conviveu amistosamente tanto com as granfinas de narinas de cadáver eternizadas por Nelson Rodrigues quanto com a escória da esquerda companheira. Vigaristas da classe executiva, escroques internacionais, cretinos quatrocentões, gazuas humanas  especializadas em cofres públicos, órfãos da União Soviética, comunistas de Jockey Club, tiranos analfabetos, farsantes com um neurônio só e corruptos em geral ─ sempre coube todo mundo no círculo de amigos, companheiros e aliados da vice-presidente do Senado.
Até o começo deste mês, só não cabiam Gilberto Kassab e Paulo Maluf. Quando o PT tentou acasalar-se com o PSD para apressar o parto da candidatura de Fernando Haddad, Marta avisou que não ajudaria a cuidar do nascituro. “Corro o risco de acordar de mãos dadas com Kassab num palanque”, caprichou no chilique. Quando foi celebrado o casamento no jardim com um procurado pela Interpol, ardim, mal controlou o chilique: “Se com Kassab seria um pesadelo, imagine agora com Maluf”, pôs as mãos nas cadeiras.
Conversa fiada, comprovou nesta terça-feira a promoção da companheira a ministra da Cultura, no lugar de Anna de Hollanda. Dependendo da proposta, Marta topa acordar de mãos dadas com qualquer um no palanque. Lula ofereceu-lhe na semana passada uma vaga no primeiro escalão da afilhada. Por esse preço, a edição vespertina da colegial do Sion animou-se a ressurgir na periferia ao lado de Haddad ─ e pronta para abraçar Paulo Maluf. Ou Kassab. Ou quem aparecer por perto.
Marta Suplicy foi  casada com Eduardo Suplicy, com Luis Favre e com Márcio Toledo, o presidente do Jockey Club de São Paulo que a transformou na primeira-dama das cavalariças. Desde a fundação do PT, vive abraçada a péssimas companhias. Em 2003 e 2004, para descansar da trabalheira como diretor-financeiro da quadrilha, o amigo Delúbio Soares comemorou a virada do ano na casa de Marta no Guarujá. Ali o tesoureiro do PT e do mensalão bronzeou-se em inúmeros fins de semana e feriadões.
Ali Antonio Palocci descansou sete dias depois da descoberta de que o estuprador de contas bancárias também exercia o ofício de traficante de influência. Ela acha que os dois são inocentes. Também acha que o mensalão não existiu. Nada mudou na cabeça da deputada federal que adornou a roda do cafezinho estrelada por José Dirceu. A senadora é a continuação da prefeita que brilhou como porta-estandarte do bloco que tinha na comissão de frente Rui Falcão e os irmãos Tatto.
Em 2008, a adversária de Gilberto Kassab quis saber se o prefeito era casado e tinha filhos. Na eleição de 2010, a candidata ao Senado fez dupla com um suplente do PR indicado por Waldemar Costa Neto, dançou com Aloizio Mercadante, cantou com Netinho de Paula e prestou serviços a Dilma Rousseff como camareira involuntária.
Por ordem de Lula, a ex-prefeita de São Paulo desistiu de tentar a improvável volta ao cargo. Por desinteresse de Dilma, teve de esquecer o sonho de virar ministra da Educação. Alguém deve ter lembrado à presidente que Marta poderia irritar até os dirigentes amestrados da UNE caso repetisse aos estudantes descontentes com a decomposição do ensino público o conselho endereçado aos flagelados do apagão aéreo: “Relaxem e gozem”.
Conformou-se com mais um ano na vice-presidência do Senado. Enquanto repreendia adversários com cara de debutante contrariada, continuou trocando sorrisos, beijinhos e números de celulares com José Sarney, Fernando Collor, Renan Calheiros, Romero Jucá, Jader Barbalho, Alfredo Nascimento e outras abjeções da base alugada. Ela trata esse buquê de horrores com o  mesmo carinho dispensado às flores do pântano do PT.
Sempre contracenou sem remorsos nem rubores com mensaleiros, sanguessugas, aloprados, estelionatários,  punguistas da base alugada ─ todas as vertentes da bandidagem com imunidade têm espaço garantido no coração da companheira bem-nascida. Ela sempre fez de conta que as vestais com himen complacente não caíram na vida, e portanto merecem conviver com Marta Teresa Smith de Vasconcellos Suplicy. De graça. Ela só cobra pelo convívio com antigos inimigos.
Achou que Kassab, por exemplo, valia um Ministério da Educação. Dilma achou muito caro e Marta continuou longe da campanha de Haddad. Maluf custou um Ministério da Cultura. É bem mais barato. Para a caçula do primeiro escalão, agora está claro, a escolha de parceiros de palanque não é uma questão moral, nem cívica, muito menos política ou ideológica. É só uma questão de preço.
Augusto Nunes -Veja

O guerrilheiro de festim conspira com a família entrincheirado na casa da mãe

reprodução - web

José Dirceu anda espalhando que está preparado para o pior. Acha que será condenado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, e receberá sem surpresa até a notícia de que vai dormir na cadeia. O ex-chefe da Casa Civil acusado de acumular a chefia da quadrilha do mensalão segue convencido de que não existem provas suficientes para puni-lo. Mas descobriu que a opção pelo castigo é “uma tendência da corte”. Em linguagem clara: Dirceu começou a ensaiar o papel de injustiçado por um “julgamento político”.
À exceção de Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski no caso do mensaleiro João Paulo Cunha, até agora todos os ministros votaram amparados nos autos do processo, no Código Penal, em teorias expostas com clareza e nos fatos expostos no extraordinariamente sólido relatório de Joaquim Barbosa. O guerrilheiro de festim sabe disso. Se acreditasse no que anda recitando, já estaria fardado de comandante e convocando para a luta as milícias do partido e as tropas dos movimentos sociais.
Em vez disso, voltou a entrincheirar-se na casa da mãe em Passa Quatro. Se lhe restou algum juízo, já está combinando com a família o que cada parente deverá levar-lhe nas visitas dominicais.
Augusto Nunes - Veja

Quem é mesmo Tolentino, absolvido por Lewandowski e Toffoli? - É o rapaz que comprou o apartamento de ex-mulher de José Dirceu

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Cumpre lembrar quem é Rogério Tolentino, além do sujeito que contraiu o suposto empréstimo no BMG. É o rapaz que comprou o apartamento de Maria Ângela da Silva Saragoça, ex-mulher de José Dirceu, adiantando R$ 20 mil em espécie. Mundo pequeno, né? A ex de Dirceu quer vender um apartamento, assim, de classe média, e, por acaso, quem compra é… Tolentino, um milionário.
Maria Ângela também foi contratada para trabalhar no BMG — banco no qual Tolentino contraiu o empréstimo — a pedido de Marcos Valério. Mais coincidência.
Tomara que eu esteja errado! Sempre que percebo algo que não acho muito bom, penitencio-me pelo que pode ser um mau pensamento. Mas me parece que há um esforço da dupla para tratar Tolentino como mera personagem incidental no imbróglio. Justamente o rapaz que faz o liame mais claro entre Dirceu e Marcos Valério.
Reinaldo Azevedo

Facebook: aviso sobre mudança nas garantias à privacidade é falso


Desde o último sábado, uma falsa mensagem circula no Facebook, atraindo usuários a partir do anúncio de mudanças acerca dos termos de privacidade do serviço. Fique longe disso.
O texto promete que, ao compartilhar o conteúdo, o usuário protegerá seus dados da apropriação indevida por qualquer pessoa ou empresa, até mesmo do governo americano. “Se não publicar tal declaração pelo menos uma vez (em sua timeline), então está indiretamente permitindo o uso público de itens como suas fotos e as informações contidas em suas atualizações de status”, diz a mensagem – ou melhor, mente.
Mesmo com perna curta, a fraude foi longe e alcançou milhares de brasileiros, que compartilharam o conteúdo. A própria rede social tratou de explicar o ocorrido.
Ao site de VEJA, o Facebook informa que nenhuma mudança nos termos de uso do serviço e garantias de privacidade foi realizada. “Como consta em nossos termos, os cadastrados da rede social podem controlar e alterar qualquer informação publicada. Essa é – e sempre foi – nossa política”, diz a companhia.
Veja