sábado, 15 de janeiro de 2011

PROFISSÃO BARNABÉ

Tenho um amigo fraterno, Carlito Carvalho, que me conta sempre uma história interessante. Como um dos pioneiros em Roraima, ele afirma que todos os nordestinos que chegavam ao novo território queriam um emprego públicoOs gaúchos queriam terrasResultadoHoje os gaúchos são milionários plantadores de soja e os nordestinos continuam fazendo greve por melhores salários. É a vocação desde o Brasil colônia de fazer do Estado o grande provedor e empregador o que caba por atrofiar capacidades e agigantar o Estado.
Nosso poeta maior, Augusto dos Anjos, deixou e amaldiçoou a Paraíba porque queria ir para as Minas Gerais, mas levando um “bico” de professor que tinha no Liceu. Como foi impedido, deletou a terra natal e até hoje seus ossos repousam fora da Paraíba, e tudo por um emprego perdido. Há uma mentalidade inclusa em quase todos de que o estado é o caminho e a salvação, como Edir Macedo, e que sem ele não se chegará ao reinos dos céus. Isso pode até ter sido verdade numa Paraíba do século 19 mas nos dias de hoje com comércio, indústria, serviços abertos a espera de quem tenha vocação e coragem para investir outras portas se abrem além do emprego público.
Quando Burity fechou o Paraiban foi um caos. Conta-se que até suicídios foram cometidos por funcionários que de repente se viram na rua. No lado contrário muita gente começou a investir e hoje existem muitos ex-agentes do Paraiban que nem pensariam mais em voltar ao banco e enriqueceram e prosperaram na iniciativa privada .Há um leque totalmente aberto para quem tenha idéias e competência parta geri-las tudo isso fora das portas das repartições públicas que hoje estão abarrotadas de servidores todos dependentes do poder público.
Até as gerações mais novas já entram na vida com a imagem de um concurso salvador que lhes garanta estabilidade e renda permanente esquecendo que la fora existe dinheiro e chances bastando para isso que exista um preparo conveniente e a coragem de enfrentar a vida.O estado não pode ser o único patrão nem o serviço público a única atividade. Ele é um segmento de serviços que exige vocação, competência, honestidade e desprendimento coisa que não é comum na maioria dos barnabés desse Brasil.

Marcos Tavares


Empreender é pensar e executar suas idéias.
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