terça-feira, 24 de julho de 2012

Estudantes de medicina em SP terão que fazer prova para obter registro


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Estudantes de medicina no estado de São Paulo precisarão, a partir deste ano, realizar uma prova aplicada pelo Conselho Regional de Medicina (Cremesp) para obter o seu número de registro profissional, o CRM, ao fim do curso. A obrigatoriedade foi anunciada nesta terça-feira (24) pelo órgão, que é o responsável pela aplicação do exame.
Apesar da obrigatoriedade, a entidade esclarece que o médico não terá o registro negado caso não tenha um bom desempenho no exame. Isso porque a legislação ainda não permite o impedimento. A medida também não poderá impedir que o recém-formado exerça a profissão em outro estado. Apenas o comprovante da participação no exame será exigido para obtenção do CRM em São Paulo.
Segundo o Cremesp, o mecanismo de avaliação irá permitir apenas, neste primeiro momento, que as faculdades melhorem sua qualidade de ensino. Com esse argumento, o Cremesp defende ainda a obrigatoriedade do Exame Nacional para obtenção do registro profissional. Pelo mecanismo, apenas os egressos aprovados receberiam o CRM.
A proposta de uma avaliação nacional, já foi apresentada para presidentes de conselhos regionais de medicina pelo país e a medida em São Paulo deverá servir como modelo para um projeto-piloto.
De acordo com o Cremesp, em sete anos de aplicação do exame, 46,7% dos quase 5 mil participantes foram reprovados. O exame não era obrigatório até a determinação divulgada nesta terça. Os reprovados, segundo o Cremesp, não conseguiram, por exemplo, identificar um quadro de meningite em bebês e também não sabiam que uma febre de quase 40°C pode aumentar o risco de infecções graves em crianças.
Exame
A obrigatoriedade do Exame do Cremesp já é válida. Portanto, a medida abrange todos os estudantes de medicina do estado, inclusive os que já fazem o curso. A prova deverá ser individual e apenas o formando receberá a sua nota, a menos que haja uma procuração para que outra pessoa tenha acesso ao resultado.

O que muda em relação ao que existe hoje é que o Cremesp pretende exigir o comprovante de realização do exame entre os documentos necessários para que o profissional consiga obter o registro de médico.
G1

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