segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O Nem do PT e o Zé Dirceu da Rocinha

Precisa mesmo, comprovou o tratamento dispensado aos colegas de ofício no feriadão do 15 de Novembro. Enquanto o chefe do tráfico tentava escapar da Rocinha cercada por mais de mil soldados, o chefe do mensalão estrelava numa Brasília sem polícia o II Congresso Nacional da Juventude do PT. Enquanto Nem era fotografado em posição fetal no porta-malas de um carro, Zé Dirceu posava para a posteridade exibindo uma camiseta, encomendada por jovens milicianos, que transforma culpado em inocente. O bandido da Rocinha não nega o que é. Não consegue ser tão cínico como o colega sessentão.
As imagens berram que a capital da corrupção anda implorando por uma ocupação policial de dimensões superlativas. A turma que sorri em torno do quadrilheiro urbano, por exemplo, ficaria tão bem no retrato de frente e de perfil quanto a guarda pessoal do quadrilheiro da favela. Os meliantes que agem no Planalto Central têm tanto dinheiro quanto os similares dos morros sem lei, e muito mais amigos infiltrados nos três Poderes. Em Brasília, um celular manejado com perícia faz mais estragos que uma bazuca.
Tudo somado, convém confiar a captura do mensaleiro aos dois tenentes da PM que recusaram o suborno milionário oferecido pelo traficante. O Nem do PT pode ser mais persuasivo que o Zé Dirceu da Rocinha.

AugustoNunes - Veja

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