sábado, 19 de janeiro de 2013

Participante do BBB 13 afirmou que, após ser mordido pelo animal, arrancou todos os dentes com um machado


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O cachorro que Dhomini diz ter torturado já morreu. O caso, não. Para o delegado Luziano Severino Carvalho, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente de Goiás, isso não livra o participante do Big Brother de uma acusação de maus tratos contra animais. 

Por ter contado a história em rede nacional, Dhomini pode ainda responder por crime de incitação à violência - e, para isso, não faz diferença o caso ser verídico ou uma bravata de peão.

“Ele disse que o cão teria morrido cinco anos depois da agressão. Se isso de fato ocorreu, esse crime pode até estar prescrito. Mas vamos investigar para verificar se essa informação é verdadeira. De qualquer forma, ele poderá responder por incitação”, afirma Luziano.

Verdade ou bravata, ao declarar que arrancou todos os dentes do seu cachorro com um machado, Dhomini cometeu um erro que lhe custará duas coisas: a antipatia dos milhares que condenam os maus tratos a animais e um inquérito, instaurado na tarde desta sexta-feira.

Para o promotor de Justiça Juliano de Barros Araújo, de Goiás, a Rede Globo deveria explicar durante a exibição do programa que condena a prática declarada pelo participante do BBB.

“A declaração do participante do programa é extremamente preocupante. Declarações como essa, em um programa de grande audiência, podem levar por terra todo trabalho que fazemos de conscientização pela posse responsável do animal. Seria de extrema importância que houvesse uma retratação pública por parte da emissora, afirmando que a postura dele não condiz com a do programa”, afirma Juliano.

Pâmela Oliveira - Veja

Edir Macedo é pastor mais rico do país


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O bispo Edir Macedo é o pastor mais rico do Brasil, com um patrimônio avaliado em 950 milhões de dólares (1,9 bilhão de reais), de acordo com a revista Forbes. A publicação americana trouxe em sua edição desta quinzena uma matéria em que lista os pregadores evangélicos mais ricos do país. Com uma fortuna superior da relacionada aos outros listados, o líder da Igreja Universal do Reino de Deus, que possui templos também nos Estados Unidos, é apontado como o “símbolo do enriquecimento das igrejas evangélicas no Brasil”. 

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Em seguida, aparece um ex-discípulo de Macedo, o pastor Valdemiro Santiago. Ex-pregador da Igreja Universal do Reino de Deus, Valdomiro fundou a própria instituição, a Igreja Mundial do Poder de Deus, que, atualmente, conta com 900.000 seguidores e 4.000 templos. O patrimônio de Valdomiro é estimado em 220 milhões de dólares (440 milhões de reais). 

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Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, maior igreja pentecostal brasileira, figura na terceira posição, com a fortuna avaliada em 150 milhões de dólares (300 milhões de reais).

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O ranking aponta ainda RR Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus (patrimônio avaliado em 250 milhões de reais).

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Os fundadores da Igreja Renascer em Cristo, "apóstolo" Estevam Hernandes Filho e sua esposa, "Bispa" Sonia. Com 1.000 igrejas no Brasil e no exterior, o patrimônio dos dois é avaliado em 65 milhões de dólares (130 milhões de reais).

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A reportagem afirma que, em virtude da rentabilidade, ser um pastor evangélico no Brasil é “o sonho de muitas pessoas”. De acordo com a Forbes, para os pregadores, “as chances de ganhar na loteria celestial são maiores”.

Veja

PT tenta conter avanço de Eduardo Campos no Nordeste


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A presidente Dilma Rousseff desembarcou nesta sexta-feira no Piauí diante da constatação do PT de que a recuperação do prestígio político da sigla no Nordeste, região sob forte influência do governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB), é crucial para o projeto de reeleição em 2014. Até o início de março, Dilma deve visitar ao menos seis estados da região.

Segundo reportagem desta sexta-feira do jornal O Estado de S. Paulo, a avaliação dos petistas é que o partido precisa melhorar a articulação política com governadores e prefeitos na região, principalmente após o resultado das eleições de 2012, da qual o PSB saiu fortalecido. Além disso, o Planalto precisa driblar odesgaste político provocado pela paralisação nos canteiros de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na região.

O giro de Dilma pelo Nordeste inclui ainda Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. A região também está na mira do ex-presidente Lula. O Nordeste tem sido tradicionalmente um reduto eleitoral do PT. Nas últimas três eleições presidenciais (2002, 2006 e 2010), deu ampla margem de vitória para os candidatos do partido - Lula e Dilma. Em 2010, a petista teve 10,7 milhões de votos a mais na região que José Serra (PSDB).

A direção do PT acredita que poderia ter se saído melhor na disputa pelas prefeituras do Nordeste na eleição do ano passado - avalia também ter patinado em algumas costuras políticas. Além do prestígio de Campos e do PSB na região, o PT teme efeitos da retomada de poder da oposição de redutos emblemáticos, como a volta do DEM a Salvador, com Antonio Carlos Magalhães Neto.

Em 2008, 24% das prefeituras obtidas pelo PT estavam no Nordeste. Em 2012, o porcentual subiu para 30%, mas o partido perdeu espaço político nas capitais. A direção do PT avalia que é preciso começar agora a preparar o terreno para 2014, quando poderá se dar um embate entre Dilma e Campos, um dos governadores mais bem avaliados do País. Não por acaso o PT marcou a reunião do Diretório Nacional, em março, em Fortaleza.

Estadão-Veja

O Governo fiscaliza e avalia a saúde privada, mas quem fiscaliza e avalia a saúde pública?


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Após acompanhar durante semanas o noticiário sobre o caso de Adrielly que morreu depois de ser atingida por uma bala na noite do último Natal e ficou oito horas em atendimento dentro de um hospital municipal do Rio de Janeiro, decidi tentar entender um pouco mais a questão do ponto de vista da organização dos serviços de saúde e atendimento à população.

Nas minhas buscas encontrei o livro Para entender a saúde no Brasil 2, organizado por Maria Cristina Sanches Amorim e Eduardo Bueno da Fonseca Perillo, editado pela LCTE Editora em 2008, uma coletânea de artigos muito importantes para entender a saúde no Brasil de vários pontos de vista. Segundo os autores, de fato, não há uma crise na saúde, mas conflitos de interesses e vários fatores que precisam ser melhor examinados e equacionados para haver um salto de qualidade.

Não poderei descrever todos os temas tratados nessa coletânea, nem me proponho no espaço deste blog “destrinchar” esta questão. Trago, entretanto, para meus leitores, uma pequena entrevista com Marcelo Cyrino, cujo artigo muito me impressionou porque termina com a pergunta que não sai da cabeça desde que decidi me enfronhar nesse triste caso da menina Adrielly. Quem fiscaliza e avalia a saúde pública no Brasil? Se na educação avançamos muito no sentido de avaliar as escolas, dar notas, ranquear as instituições, nada sabemos sobre o universo da saúde. Tento, com essa entrevista, puxar o fio da meada. Marcelo Cyrino, autor do ensaio “Os bancos e o setor de saúde” do livro citado, é ex-diretor de Nichos de Mercado dos Bancos BCN, Bradesco e Safra, sócio da M Cyrino Consultoria, empresa especializada em gestão administrativa e financeira de firmas ligadas aos setores de saúde e educação.

Yvonne – Marcelo, a partir de sua experiência de muitos anos de atuação em bancos na área de financiamento do setor privado e público do sistema de saúde, poderia explicar como o Governo fiscaliza e avalia a saúde no setor privado?

Marcelo – Depois da regulamentação do mercado de planos de saúde no final da década de 1990, por meio da lei 9.656/98, o Governo Federal criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que fiscaliza a atuação das 1.570 operadoras de planos de saúde ativas no País e que atendem a cerca de 49 milhões de brasileiros.

Na cadeia produtiva do setor de saúde privada encontramos ferramentas para verificação e acreditação dos hospitais como, por exemplo, o de certificação de qualidade no atendimento promovido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) – que, em vários níveis de avaliação medem a eficiência no atendimento médico hospitalar. Além disso, a própria ANS lançará em 2013 um processo de certificação, por enquanto voluntária, para avaliar a qualidade do atendimento nos hospitais que atendem a usuários de planos de saúde. Isso demonstra a preocupação do Governo em fiscalizar e avaliar o mercado privado de saúde.

Yvonne – Você poderia falar sobre os recursos financeiros envolvidos tanto na saúde privada quanto na pública?

Marcelo – A ANS divulgou que em 2011 o custo assistencial, ou melhor, as despesas com atendimento aos 49 milhões de usuários de planos de saúde privados foi de R$ 67,9 bilhões, o que equivale a R$ 1.386 por pessoa. Esse valor carrega uma lucratividade da cadeia produtiva (profissionais, hospitais e serviços de diagnósticos). É quase o dobro do gasto da saúde pública por pessoa que é de R$ 733/ano. Se não houver uma gestão enxuta e eficiente, com esse valor é muito difícil proporcionar um atendimento de qualidade para a população não assistida pelos planos de saúde. Os profissionais não recebem remuneração adequada e os hospitais também não conseguem suprir a totalidade dos custos. É uma equação quase impossível de resolver, quase.

Yvonne – E quem fiscaliza a gestão da saúde pública? Quem avaliará o caso emblemático de falha no atendimento no Hospital Municipal Salgado Filho que recebeu baleada a menina Adrielly no dia de Natal e por falta de médico especialista de plantão sangrou por oito horas sem receber atendimento? Será apenas tratado como um caso de polícia ou haverá alguma agência externa para rever procedimentos e corrigir as falhas?

Marcelo – Infelizmente ninguém avaliará o caso com a finalidade de tentar resolver o problema da estrutura. A solução proposta pelas autoridades foi a de implantar um sistema de ponto eletrônico. Isso é atacar os sintomas e não as causas. Adrielly será apenas mais uma vítima do sistema de saúde pública que existe hoje.

O que vem à tona pela imprensa é apenas uma pequena parte da realidade da saúde pública no Brasil. Um exemplo muito polêmico, mas que deixa claro o que acontece: nosso ex-presidente Lula foi tratado de seu câncer na garganta num hospital privado. Se a saúde pública fosse de boa qualidade, ele poderia ter sido tratado na rede pública, não é mesmo?
Em minha jornada profissional aprendi que na Saúde não há apenas recursos financeiros escassos. Na verdade, há também um problema sério de gestão. Parte significativa dos recursos é desperdiçada na máquina administrativa que é cara e obsoleta. Nos quase vinte anos de atuação no mercado financeiro ligado ao setor de saúde, conheci mais de 800 hospitais por todo o Brasil e conheci algumas instituições – embora atendendo ao SUS – que conseguiram encontrar soluções e são muito bem geridas, com estrutura enxuta e eficiente, onde há respeito pela vida humana e alta qualidade no serviço prestado. São modelos que poderiam servir de exemplo para outras instituições, e não entendo por que não são replicados.

A administração do atendimento da saúde pública precisa ser analisada e fiscalizada, não com a criação de mais uma agência reguladora, que acabaria burocratizando e encarecendo ainda mais o processo, mas por algum órgão governamental independente – ou empresa especializada – não ligado ao Ministério da Saúde, que proponha metas e contribua para a melhoria contínua da qualidade. O dr. Adão Crespo não pode ser o único responsabilizado neste caso.

Por isso fica a pergunta, quem fiscaliza e avalia os serviços de saúde pública?

Yvonne Maggie

Governo usa regra barrada pelo STF para repassar verba


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O governo federal repassou nesta sexta-feira (18) R$ 774 milhões do Fundo de Participação dos Estados (FPE) com base em critério de partilha considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. A confirmação do repasse e do critério utilizado foi dada pelo Tesouro Nacional, responsável pelo FPE.
Em 2010, o STF considerou inconstitucional o sistema de distribuição e determinou que o Congresso votasse novo critério até o fim de 2012. Mas os parlamentares entraram em recesso sem analisar o tema. O Tesouro explicou, por meio de nota, que fez o repasse nesta sexta baseado em parecer do Tribunal de Contas da União (TCU). Pelo parecer, enquanto o Congresso não aprovar nova fórmula, o critério de distribuição pode continuar o mesmo que estava em vigor até 2012 .
"Em fevereiro de 2010, o STF declarou inconstitucional o artigo 2º da Lei Complementar nº 62/89, que trata da distribuição do FPE. Na ocasião, a Corte decidiu que essa legislação teria efeitos somente até 31 de dezembro de 2012. Diante da não aprovação de nova lei complementar, o TCU aprovou o acórdão nº 3.135/2012, estabelecendo que o governo deve continuar pagando o repasse conforme as regras previstas na Lei Complementar 62/89, em 2013, até que nova lei seja aprovada", diz a nota divulgada pelo Tesouro Nacional.
O gabinete do presidente em exercício do STF, ministro Ricardo Lewandowski, informou ao G1 que, sem ser provocado ou receber uma notícia oficial, o tribunal não pode tomar nenhuma medida contra o descumprimento da decisão judicial.
A assessoria da Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que a instituição ainda não discutiu o eventual ajuizamento de uma ação questionando o descumprimento da decisão do STF.
Vitor Matos e Fabiano Costa - G1

Dilma diz que vai acabar com miséria no início de 2014


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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (18) que seu governo pretende por fim à pobreza extrema ainda no início de 2014, ano de eleições. Em discurso em Teresina, ao lado do governador do Piauí, a presidente disse que "é óbvio que não vai ser no dia 31 de dezembro de 2014 [fim do mandato]", mas antes, segundo afirmou.
"Nós vamos acabar com a pobreza extrema, na maioria dos estados do Brasil, ainda no ano de 2013. E vamos completar esse processo de tirar da pobreza no início de 2014. É possível e vai ser feito", disse a presidente.
Renan Ramalho e Gilcilene AraújoG1 em Brasília e PI

Walmor Chagas partiu aos 82 anos


Morre o ator Walmor Chagas (Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo)
O ator Walmor Chagas, de 82 anos, foi encontrado morto na chácara onde vivia na cidade de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (18). As circunstâncias da morte ainda serão investigadas, mas a polícia disse acreditar que pode ter sido suicídio.

Com mais de 60 anos de carreira, o gaúcho Walmor de Souza Chagas atuou em mais de 40 peças, cerca de 20 filmes e mais de 30 novelas. Era considerado um dos grandes atores do teatro brasileiro.

Segundo o relato de um funcionário, o caseiro José Arteiro de Almeida, o corpo do artista foi encontrado caído na cozinha com um tiro na cabeça por volta das 16h30. Almeida disse, que, no momento da morte, Walmor estava sozinho dentro da casa. Ele diz também que uma empregada e uma cozinheira haviam acabado de deixar o local.


Almeida, que trabalha há 30 anos com o ator, diz que Walmor Chagas não demonstrava nenhum indício de que poderia tirar a própria vida. "Ele apenas relatou nos últimos dias que estava preocupado com o diabetes. As pernas também já não estavam tão firmes, mas ele estava bem", disse.

O tenente Reis, do Corpo de Bombeiros, informou que no momento que a equipe de resgate chegou ao local, o ator estava sentado em uma cadeira na sala, já sem vida, e com uma perfuração na cabeça.

O sítio onde o ator vivia fica no bairro Gomeral, na zona rural de Guaratinguetá. O local é de difícil acesso. Bombeiros dizem que receberam um chamado às 17h15, mas só conseguiram chegar ao local por volta das 18h30. Policiais civis estavam junto com os bombeiros e a Polícia Científica também está no local para a realização da perícia.

Carreira
Walmor Chagas nasceu em Alegrete, no Rio Grande do Sul, em 28 de agosto de 1930. No começo dos anos 50, foi para São Paulo em busca de uma chance no cinema.

Em 1952, Chagas fundou o Teatro das Segundas-Feiras, com Ítalo Rossi, encenando “Luta até o amanhecer”, de Ugo Betti. Ele estreou no Teatro Brasileiro de Comédia em 54, na peça “Assassinato a domicílio”, de Frederick Knott, com direção de Adolfo Celi.

Ao lado de Eva Wilma, o ator estreou no cinema em “São Paulo Sociedade Anônima” (1965), de Luís Sérgio Person, interpretando Carlos, um jovem da classe média. Sua primeira novela foi na TV Globo em 1974, na trama de “Corrida do ouro”.

Em 1992, Chagas chegou a apresentar o programa “Você decide”. Após oito anos afastado dos palcos, o ator retornou em 1999 na peça “Um equilíbrio delicado”.

Seus últimos trabalhos foram “Cara ou Coroa” e “A Coleção Invisível”, no cinema; e as novelas “A favorita” e “Os mutantes”, na televisão. Chagas era viúvo da atriz Cacilda Becker, com quem teve uma filha, Maria Clara Becker Chagas.

A organização do Prêmio Shell de Teatro anunciou no dia 21 de dezembro de 2012 que Walmor Chagas seria o grande homenageado na edição de 2013 do evento, que deve acontecer em março, "por seu papel histórico como ator e produtor em 64 anos de atividade no teatro brasileiro".

G1 Vale do Paraíba e Região

domingo, 6 de janeiro de 2013

46% dos gastos via cartão corporativo do governo são mantidos em segredo

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Em 2012, ano em que a Lei de Acesso à Informação entrou em vigor, quase metade dos gastos com cartões corporativos do governo federal foi mantida em segredo. O argumento é que são informações estratégicas para a segurança da sociedade e do Estado brasileiro.
Entre janeiro e setembro, 46,2% das despesas via cartão foram classificadas como sigilosas – as informações referentes aos meses finais de 2012 ainda não foram enviadas pelo Banco do Brasil à Controladoria-Geral da União (CGU) para divulgação no Portal da Transparência do governo.
Ao todo, na administração pública, os portadores dos mais de 13 mil cartões de pagamento do governo espalhados pelo País gastaram, de forma secreta, R$ 21,3 milhões dos R$ 46,1 milhões pagos pelo chamado suprimento de fundos. A maioria é de compras e saques da Presidência da República, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Federal. Na Presidência, 95% das despesas com cartões são sigilosas.
Pela legislação, o uso do chamado suprimento de fundos – ou seja, os cartões – não é regra e deve ser usado como exceção e em casos de despesas excepcionais ou de pequeno vulto, como compra de material de consumo e contratação de serviços.
A Abin diz que utiliza o cartão de forma "ostensiva" para atender às demandas administrativas de 26 superintendências estaduais vinculadas. O Gabinete de Segurança Institucional, a quem a Abin é subordinada, afirma que os cartões de pagamento são usados em ações de caráter sigiloso em conformidade com a lei.
A Polícia Federal, órgão submetido ao Ministério da Justiça, cujos gastos secretos por meio de cartão corporativo são altos, não quis comentar o assunto.
A Secretaria de Administração, responsável pela gestão dos cartões da Presidência, informou que os cartões corporativos se destinam a atender as despesas eventuais de pronto pagamento e que, por sua excepcionalidade, não podem se subordinar ao processo normal de empenho. A Vice-Presidência da República, que gastou R$ 537,8 mil com os cartões, informou que não poderia responder aos questionamentos da reportagem porque seus servidores estavam em recesso.
Sem amparo legal específico, a fiscalização das despesas sigilosas é compartilhada dentro do governo. Cabe à Secretaria de Controle Interno (Ciset) da Secretaria-Geral acompanhar os gastos relacionados à Presidência da República, incluindo a Abin. Já as despesas da PF são fiscalizadas pela Controladoria-Geral. No entanto, os relatórios de contas da Ciset e da CGU revelam que os órgãos utilizam artifícios para burlar o controle e não divulgar os gastos.
Atraso. Os últimos dados disponíveis na página da CGU são de setembro. Até a última semana, o portal estava desatualizado e divulgava informações referentes à fatura de maio, um atraso de mais de seis meses na divulgação de informações públicas.
O sigilo e a demora na publicação dos dados vai na contramão da Lei de Acesso e do compromisso assinado pela presidente Dilma Rousseff de implantação do projeto Governo Aberto. Durante a abertura da 1.ª Conferência de Alto Nível Parceria para o Governo Aberto (OGP) em abril do ano passado, Dilma ressaltou o "grande compromisso" do governo com a transparência e destacou o Portal da Transparência. "O Portal divulga todas as despesas do governo federal em base diária e nos mínimos detalhes. Quem acessá-lo nesta manhã verá que todos os gastos realizados até a noite de ontem estão lá expostos e configurados."
Em nota, a CGU informou que o Banco do Brasil é o responsável pelo envio dos dados e a Controladoria, pela publicação. O atraso, segundo o órgão, foi causado por "problemas de ordem técnica" ocorridos no processamento das informações no mês de julho, o que prejudicou a atualização dos meses subsequentes. O banco alegou que a demora foi provocada por mudanças no sistema dos cartões.
Incorporados ainda no governo Fernando Henrique Cardoso com o objetivo de diminuir os gastos e dar mais transparências às contas, os cartões corporativos provocaram uma crise em 2008.
Denúncias de mau uso, incluindo o pagamento de despesas pessoais e saques sem justificativas, levaram a então titular da Secretaria da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, a pedir demissão. Uma CPI foi criada no Congresso. A ex-ministra será secretária adjunta de Netinho de Paula na pasta da Promoção da Igualdade Racial na gestão de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo.
Alana Rizzo - Estadão

Agenda revela influência de Rose no BB e na Previ


ESTRELADA - Rosemary Noronha, fotografada três semanas depois de ser indiciada pela Polícia Federal: batom, brincos, unhas feitas e estrelas vermelhas tatuadas no pulso
ESTRELADA - Rosemary Noronha, fotografada três semanas depois de ser indiciada pela Polícia Federal: batom, brincos, unhas feitas e estrelas vermelhas tatuadas no pulso (Fernando Cavalcanti)
Não era bem o que parecia. Quando o nome de Rosemary Nóvoa de Noronha veio a público com a deflagração da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, a amiga íntima do ex-presidente Lula e então chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo não passava de uma “petequeira”. A expressão, cunhada pelo ex-deputado Roberto Jefferson para designar funcionários públicos que se deixam corromper em troca de ninharia, parecia feita para ela. Rose, como é conhecida, foi acusada de integrar uma quadrilha especializada em fraudar pareceres oficiais para beneficiar empresários trambiqueiros. Defendia os interesses dos criminosos no governo e, em contrapartida, tinha despesas pagas por eles - de cirurgia plástica a prestações de carro. A versão da petequeira foi providencialmente adotada pelo PT. Rose, ventilou o partido, agiria apenas na arraia-miúda do governo e sem nenhuma relação com a sigla. Eis uma tese que os fatos vêm insistindo em derrubar.
No mês passado, VEJA revelou que a amiga de Lula usava o cargo para agendar reuniões com ministros de estado: abria as portas, inclusive de gabinetes no Palácio do Planalto, a interesses privados. Agora, descobre-se que sua área de atuação abrangia também setores de orçamentos bilionários, como o Banco do Brasil (BB) e o fundo de pensão de seus funcionários, a Previ. Rose, a petequeira, participou ativamente das negociações de bastidores que definiram a sucessão no comando tanto do BB quanto no da Previ, defendeu pleitos de caciques do PT junto à cúpula do banco e atuou como lobista de luxo de empresários interessados em ter acesso à direção e ao caixa da instituição. Sua agenda de compromissos como chefe do gabinete da Presidência em São Paulo, obtida por VEJA, mostra que, graças à intimidade com o então presidente, a mulher que num passado não muito remoto era uma simples secretária se transformou numa poderosa personagem do governo Lula.
Rodrigo Rangel e Daniel Pereira - Veja

ARAPONGAS - PF investiga esquema de espionagem em Brasília

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A Polícia Federal abriu investigação para apurar a existência de uma rede de espionagem ilegal, com atuação em Brasília, que teria políticos e autoridades entre seus alvos. Além de deputados e senadores, suspeita-se que os arapongas tenham mirado até a presidente Dilma Rousseff. 
A investigação começou a partir de documentos entregues ao Ministério Público Federal e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pelo deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ), em julho passado. O material inclui extratos de ligações telefônicas e trocas de e-mail entre parlamentares. Miro disse ao jornal O Estado de S. Paulo que recolheu o material de um araponga, cujo nome não foi revelado, que disse estar sofrendo ameaças e queria proteção policial.
"Criou-se na capital do país, sob os olhos dos poderes da República, uma sociedade anônima de criminosos e violadores de dados pessoais", afirmou o deputado. "Não há cidadão nesse país, nem mesmo a presidente, seguro da sua privacidade e isso é muito ruim para a democracia."
A PF informou por meio de sua assessoria que abriu procedimento preliminar de investigação para verificar a autenticidade dos documentos. O órgão confirmou que há indícios veementes de crime.
O grupo ao qual o espião arrependido está ligado tem foco de atuação no Distrito Federal, em particular autoridades do governo local. Mas o material entregue por ele inclui aparentes extratos de ligações telefônicas e e-mails de parlamentares federais, como o senador Blairo Maggi (PR-MT), o deputado Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO) e o ex-senador Demóstenes Torres, cassado por envolvimento com o esquema de corrupção e exploração de jogos ilegais comandado por Carlinhos Cachoeira. A PF, entretanto, não vê associação automática do grupo com o contraventor. 
Estadão

HPV - Perguntas e respostas mais frequentes


Fonte: Monaghan J M, Morrow C P, Tattersall M H N, 1992, pg. 58 Fig 4.1, Gynecologic Oncology Second Edition Volume 1
Fig. 1
O que é HPV? 
É a sigla em inglês para papiloma vírus humano. Os HPV são vírus da famíliaPapilomaviridae (Fig. 1), capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente.

Qual a relação entre os HPV e o câncer do colo do útero?
Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos.

Quais são eles?
Os vírus de alto risco, com maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estar associados a lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Já os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção em tumores malignos.

Fonte: Bonfiglio T A, Erozan Y S, 1997, pg 86 Fig. D, Gynecologic Cytopathology
Fig. 2 - Células infectadas pelo vírus HPV
Os HPV são facilmente contraídos?
Estudos no mundo comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV (Figura 2) em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no organismo), mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar os vírus.
Como os papilomavírus são transmitidos?
A transmissão é por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Também existem estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. Já as infecções subclínicas são encontradas no colo do útero. O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é bastante raro.

Como são essas infecções?
As infecções clínicas mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, popularmente conhecidas como "crista de galo". Já as lesões subclínicas não apresentam nenhum sintoma, podendo progredir para o câncer do colo do útero caso não sejam tratadas precocemente.

Como as pessoas podem se prevenir dos HPV?
O uso de preservativo (camisinha) diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitá-la totalmente). Por isso, sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação sexual, mesmo naquela entre casais estáveis.

Como os papilomavírus podem ser diagnosticados?
As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis, na vulva ou em qualquer área da pele podem ser diagnosticadas pelos exames urológico (pênis), ginecológico (vulva) e dermatológico (pele). Já o diagnóstico subclínico das lesões precursoras do câncer do colo do útero, produzidas pelos papilomavírus, é feito através do exame citopatológico (exame preventivo de Papanicolaou). O diagnóstico é confirmado através de exames laboratoriais de diagnóstico molecular, como o teste de captura híbrida e o PCR.

Onde é possível fazer os exames preventivos do câncer do colo do útero?
Postos de coleta de exames preventivos ginecológicos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão disponíveis em todos os estados do país e os exames são gratuitos. Procure a Secretaria de Saúde de seu município para obter informações.

Quais os riscos da infecção por HPV em mulheres grávidas?
A ocorrência de HPV durante a gravidez não implica obrigatoriamente numa má formação do feto nem impede o parto vaginal (parto normal). A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso.

É necessário que o parceiro sexual também faça os exames preventivos?
O fato de ter mantido relação sexual com uma mulher infectada pelo papilomavírus não significa que obrigatoriamente ocorrerá transmissão da infecção. De qualquer forma, é recomendado procurar um urologista que será capaz - por meio de peniscopia (visualização do pênis através de lente de aumento) ou do teste de biologia molecular (exame de material colhido do pênis para pesquisar a presença do DNA do HPV), identificar a presença ou não de infecção por papilomavírus.

Qual o tratamento para erradicar a infecção pelo papilomavírus?
A maioria das infecções é assintomática ou inaparente e de caráter transitório. As formas de apresentação são clínicas (lesões exofíticas ou verrugas) e subclínicas (sem lesão aparente). Diversos tipos de tratamento podem ser oferecidos (tópico, com laser, cirúrgico). Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada (Fig. 4).

Qual é o risco de uma mulher infectada pelo HPV desenvolver câncer do colo do útero?
Embora estudos epidemiológicos mostrem que a infecção pelo papilomavírus é muito comum (de acordo com os últimos inquéritos de prevalência realizados em alguns grupos da população brasileira, estima-se que cerca de 25% das mulheres estejam infectadas pelo vírus), somente uma pequena fração (entre 3% a 10%) das mulheres infectadas com um tipo de HPV com alto risco de câncer desenvolverá câncer do colo do útero.

Há algum fator que aumente o risco de a mulher desenvolver câncer do colo do útero?
Há fatores que aumentam o potencial de desenvolvimento do câncer de colo do útero em mulheres infectadas pelo papilomavírus: número elevado de gestações, uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional), tabagismo, pacientes tratadas com imunosupressores (transplantadas), infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmitidas (como herpes e clamídia).

Parecer sobre a vacina profilática contra o HPV

Posicionamento do Ministério da Saúde
A discussão sobre a incorporação da vacina contra HPV no Brasil, no âmbito do Ministério da Saúde, até o momento, foi feita em duas etapas, a primeira pelo Grupo de Trabalho constituído pela Portaria GM/MS No 3.124, de 7 de dezembro de 2006, sob a coordenação executiva do Instituto Nacional de Câncer, cujas principais conclusões e sugestões, em 11 de abril de 2007, foram:

Conclusões
a) Existem ainda importantes lacunas de conhecimento científico sobre a vacina, tais como a duração da imunidade conferida, o uso em imunodeprimidos e gestantes, e a necessidade de vacinação de reforço.

b) A indicação atual da vacina está limitada à população feminina de 9 a 26 anos, porém ela só confere imunidade para aquelas mulheres ainda não expostas aos HPV tipos 6, 11, 16 e 18, situação esperada apenas para mulheres que não iniciaram atividade sexual.

c) A implantação de um programa de imunização específico exigirá o desenvolvimento de nova infra-estrutura operacional e de vigilância epidemiológica, incluindo suporte laboratorial para identificação e monitoramento da circulação dos diversos tipos de HPV no país, ainda não disponíveis no SUS.

d) O gasto estimado para a vacinação de meninas somente na faixa etária de 11 a 12 anos, para uso durante um ano, tomando-se por base o preço comercial no país aprovado pela ANVISA para as três doses significaria um montante de 1,857 bilhão de reais. O orçamento para a aquisição dos 44 imunobiológicos (vacinas e soros) para o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde para o ano de 2006 foi de 750 milhões de reais. Portanto, a inclusão da vacina contra o HPV significaria um incremento de quase três vezes o orçamento do Programa Nacional de Imunizações.

e) A FIOCRUZ, através do Instituto Bio-Manguinhos, já manifestou interesse na fabricação da vacina e vem trabalhando no sentido de verificar a situação de patentes e a existência de condições técnicas e operacionais para o desenvolvimento nacional, bem como vem analisando alternativa para transferência de tecnologia.
Sugestões
1. Fortalecer as ações de controle para o câncer do colo do útero, já estabelecidas pelo Ministério da Saúde e coordenadas pelo INCA, na lógica de integração de todas as ações que visam à melhoria da atenção à saúde da mulher.

2. Estruturar a rede de laboratórios da CGLAB/DEVEP/SVS para a identificação e o monitoramento da infecção pelo HPV.
3. Realizar os seguintes estudos, a serem promovidos pelo DECIT/SCTIE:
a. inquérito de prevalência para conhecer a distribuição dos tipos de HPV no Brasil;
b. análise de custo-efetividade;
c. revisão sistemática sobre a efetividade da vacina contra o HPV em mulheres.

4. Criar condições para a produção nacional de vacina através do desenvolvimento interno ou pelo processo de transferência de tecnologia para o parque produtor nacional público, a exemplo de outras vacinas do calendário oficial do Programa Nacional de Imunização da Secretaria de Vigilância em Saúde, com vistas à garantia de autonomia e sustentabilidade da vacinação contra o HPV.

5. O grupo não recomenda a incorporação da vacina contra o HPV, no momento, como política de saúde pública.
6. esta recomendação deverá ser revista assim que as medidas sugeridas possam oferecer subsídios suficientes para análise ou a partir de estudos populacionais de grande impacto na ocorrência do câncer do colo do útero.
Em 10 de fevereiro de 2010, o Ministério da Saúde, pela Portaria GM/MS No 310, constituiu novo Grupo de Trabalho, também sob a coordenação executiva do Instituto Nacional de Câncer, para avaliar os resultados do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero, correlacionando seus indicadores de processo e gestão com a evolução das curvas de incidência e mortalidade, nacional e regionalmente; indicar, de modo sistemático, pontos fortes e fracos do atual Programa; elaborar propostas de aperfeiçoamento técnico e operacional do Programa; elaborar proposta de ação dirigida às regiões de mais altas taxas de incidência e mortalidade; avaliar o estado da arte de novas tecnologias para a prevenção e controle do câncer de colo útero e propor estudos dirigidos para a realidade do Brasil.

Este grupo fez a discussão sobre a incorporação da vacina contra HPV no Brasil foi feita de forma integrada, levando em consideração as sugestões e recomendações elaboradas pelo grupo de trabalho anterior. A discussão considerou as duas vacinas atualmente disponíveis e aprovadas pela ANVISA para uso no Brasil, sendo uma quadrivalente (Gardasil, Merck®) e outra bivalente (Cervarix, Glaxo-Smith-Kline®) com fim de prevenção primaria para câncer do colo de útero, concluindo que as evidências científicas disponíveis até o momento relacionadas à vacinação contra o HPV indicam que:
· Ambas as vacinas são profiláticas, isto é, a proteção conferida é maior quando aplicada em mulheres livres da infecção, ou, antes do início da vida sexual.
· Não há diferença de eficácia entre as duas vacinas em relação à prevenção de lesões intraepiteliais cervicais.

· Dificuldades de adesão ao esquema vacinal apontam para efetividade menor do que aquela observada nos ensaios clínicos.
· Ainda existem lacunas de conhecimento relacionadas à duração da eficácia, à eventual necessidade de dose de reforço e à proteção cruzada.
· A abrangência da proteção conferida pela vacina é dependente da proporção dos tipos 16 e 18 de HPV prevalentes na população.
· A vacinação não exclui a necessidade do rastreio e causa impacto significativo no custo do sistema de saúde sem correspondente economia para as ações de rastreamento.
· A redução da prevalência de lesões intraepiteliais cervicais aponta para necessidade de utilização de testes mais sensíveis e específicos para o rastreio de populações vacinadas.
· As desigualdades existentes de acesso ao rastreio poderão ser perpetuadas no acesso as vacinas.
Ademais, em função da própria história natural da doença, espera-se um impacto da vacinação na redução do câncer em 30-40 anos. No entanto há necessidades atuais na perspectiva do controle do câncer de colo uterino que podem ser atendidas pela ampliação e qualificação do rastreamento e tratamento das lesões precursoras e dos casos de câncer detectados, que podem ter impacto na redução da mortalidade em aproximadamente 10 anos, principalmente na população com maior incidência deste tipo de câncer.

Adicionalmente foram prestados esclarecimentos sobre os processos de incorporação tecnológica no âmbito de Ministério da Saúde e, consequentemente, o grupo concluiu que a incorporação da vacina contra HPV na realidade atual não é factível, pois levaria à inviabilidade do equilíbrio no financiamento do SUS. O grupo também considerou prudente se esperar o resultado do estudo que se encontra em desenvolvimento, financiado pelo DECIT/MS, sobre custo-efetividade da vacina no Brasil. Os resultados deste estudo podem ser conclusivos para uma decisão futura sobre o tema.

Quanto à orientação de incorporação tecnológica para uma futura produção nacional por laboratórios públicos que já produzem outras vacinas no Brasil, o grupo também sugeriu cautela em função da existência de estudos que avaliam a disponibilidade, prevista para os próximos anos, de uma nova geração de vacinas contra HPV mais efetivas que as atuais.

Assumindo a competência para a qual foi constituído, o Grupo de Trabalho elaborou propostas para o aperfeiçoamento técnico e operacional do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero. As proposições foram realizadas após ampla análise do cenário nacional, com avaliação da estrutura e das estratégias para alcançar os objetivos de redução das taxas de incidência e mortalidade por câncer de colo do útero preconizados pelo programa. As propostas apresentadas pelo grupo de trabalho foram sistematizadas pelos redatores em cinco eixos e apresentadas de acordo com a prioridade estabelecida. O Eixo 5 contemplou a avaliação de alternativas de ações para o controle do câncer de colo sendo uma das propostas ¿orientar gestores sobre as consequências da adoção não criteriosa do uso das vacinas com possível impacto negativo desta prática na alocação de recursos financeiros disponíveis para a assistência à saúde¿.
Posicionamento da Organização Mundial da Saúde
No âmbito mundial, a Organização Mundial da Saúde recomenda que a vacinação rotineira contra HPV seja incluída nos programas nacionais de imunização contanto que a prevenção do câncer colo do útero e de outras doenças relacionadas ao HPV representem uma prioridade em saúde pública; seja factível a introdução da vacinação através do programa nacional de imunização; a sustentabilidade do financiamento possa ser assegurada e a custo-efetividade das estratégias de vacinação no país ou região seja considerada. 

Segundo a OMS, as vacinas contra HPV devem ser introduzidas como parte de uma estratégia coordenada para a prevenção do câncer colo do útero e de outras doenças relacionadas ao HPV, e, principalmente, não deve diminuir ou desviar recursos dos programas de rastreamento, pois a continuidade dos mesmos é imprescindível.

No caso da vacinação ser implementada é necessário garantir o monitoramento e registro em longo prazo da cobertura alcançada; dados individuais da população vacinada; vigilância de efeitos adversos; impacto na prevalência de subtipos de HPV, incidência de condilomatose anogenital, anormalidades citológicas, lesões precursoras e câncer invasivo e mortalidade por câncer invasivo.
Vacinação em homens
A eficácia da vacina contra HPV foi comprovada em homens para prevenção de condilomatose genital e neoplasia intraepitelial peniana. Todavia não foi avaliado o impacto dessas doenças, provavelmente não prioritárias, em saúde pública.

Teoricamente, se os homens forem vacinados contra HPV, as mulheres estariam protegidas através de imunidade indireta ou de ¿rebanho¿, pois o vírus é sexualmente transmissível. Entretanto, estudos que avaliaram a custo-efetividade das vacinas para a prevenção do câncer do colo do útero através de modelos matemáticos mostraram que um programa de vacinação de homens e mulheres não é custo-efetivo quando comparado com a vacinação exclusiva de mulheres.

Em caso de dúvida, envie sua pergunta para o atencao_oncologica@inca.gov.br

inca.gov.b

Patos-PB - Posse e os desafios pela frente


Osvaldo Medeiros-patosonline
Toma posse a prefeita Francisca Motta (PMDB). Recebe a prefeitura de Patos, cidade que lhe projetou na política estadual e depois de tantos anos de vida pública, consegue realizar seu maior sonho que sempre foi ser a prefeita, como costuma dizer a todos os patoenses. Sonho esse realizado e consciente, acima de tudo, dos desafios que terá de enfrentar. Desafios estes, visto por alguns, como pepino, mas por outros como abacaxi deixado pela administração passada, mas promete honrar para o bem da cidade.

Entra com algumas mudanças no seu secretariado a exemplo de Francisco Nunes, ex-Sebrae, na pasta de consultoria e Ilana Motta na Saúde. Prometendo dar autonomia a todos os seus auxiliares e em contra partida, já advertindo da responsabilidade que terá cada um junto às mesmas. Terão sua confiança, porém, ao mesmo tempo, serão cobrados das metas a serem cumpridas. É assim sua pretensão de governar e vencer não só os desafios do passado, como proporcionar a todos os patoenses novos projetos com uma melhor qualidade de vida, principalmente nas áreas da saúde, educação, meio ambiente e em tantos outros.

Uma Câmara diferente
Quem foi à Câmara Municipal de Patos no último dia primeiro para prestigiar a posse da prefeita eleita Francisca Motta, a maioria  pode  ter certeza da péssima impressão passado por este poder. Nunca se tinha visto tanta baderna, desorganização e falta de respeito como podemos todos presenciar nesse recinto nesse dia para a escolha da nova mesa diretora da Câmara. Enquanto alguns vereadores eram aplaudidos,  outros eram vaiados e insultados até mesmo dentro no plenário a exemplo, do vereador Jefferson Melquiades, que durante todo tempo teve sua voz abafada pelos gritos vindo das galerias incentivados justamente por quem deveria está ali para dar bom exemplo e não de dentro do plenária ficava aos gritos insuflando e estimulando a violência. Um plenário, lugar esse reservado para os vereadores, mas nesse dia foi totalmente invadido por seus  familiares, secretários do município, assessore e por certas pessoas que foram para ali com a única finalidade, de tumultuar esta casa, deixando até mesmo alguns vereadores temerosos e acuados.

Com toda sinceridade, hoje não vejo mais essa casa como na época em que cobria as sessões com os companheiros, Edileuson Franco, Inácio Bento, Abraão, Geraldão, José Augusto Longo (ex-vereador) e tantos outros onde, o respeito estava acima de tudo. Nenhuma pessoa tinha acesso ao plenário se não convidado de honra e ai daquele que ousasse entrar sem permissão. As pessoas tinham respeito ao Legislativo. Até mesmo nós jornalistas, só entrávamos neste recinto antes das sessões para as entrevistas.

Muito diferente de hoje. Em que os vereadores são insultados, vaiados e desrespeitados não só por quem está nas galerias como também por aqueles que entram para o plenário com ou sem permissão, numa afronta total a este poder. Se assim continuar, só Deus tem o poder de evitar um grande derramamento de sangue nesse local, porque arma é que não falta e incentivo à violência muito mais. Vamos apelar para o bom senso!!

Inaugura
Oficialmente, a Caixa Econômica Federal entrega timidamente sua segunda agencia na cidade de Patos, porém o público só terá acesso a mesma quando forem concluídos todos os serviços. Aproveitando dessa falha, já estão chamando agência Canal do Frango. Inaugurada por etapa.

Estão especulando
A turma ligada nos grandes eventos sociais de nossa Patos já está especulando quem a prefeita Francisca Motta vai confiar tal pasta em sua administração. Anteriormente, totalmente administrada pela ex-primeira Dama Milena Brito. Apesar das criticas, conseguiu se manter no cargo sem dar satisfação a ninguém, principalmente à Câmara, que segundo uma fonte por várias vezes lhe cobrou as prestações de contas das festividades juninas e até hoje continuam sem resposta. A quem prestava contas? Provavelmente a coordenação do São João deverá ficar sob responsabilidade do ex-prefeito Nabor Wanderley, segundo se cogita.

E a Caixa de Santa Luzia?
Pelo que se tem notícias, o deputado Luiz Couto foi quem conseguiu trazer a agência da Caixa Econômica para Santa Luzia, mas pelo visto quem assumiu a paternidade às véspera de sua inauguração foi o seu colega de Câmara Efraim Filho. Jogou carros de sons nas ruas convidando o povão para a inauguração e nem de longe apareceu o nome de Luiz Couto. Será? E os assessores de Couto deixaram essa passar?

Canal?
O “Canal do Frango”, segundo comenta-se, era para ter sido entregue totalmente no dia 24 de outubro (2012).  Porém, a data passou e nada da obra. Recentemente, num grande aparato festivo o ex-prefeito Nabor Wanderley inaugurou, com direito a placa e tudo mais, a primeira etapa (40%), ficando o restante para o mês de março, o que muita gente acredita que não dá para concluir até lá, tendo em vista a não agilização dos trabalhos no trecho entre o Geo até o Morro. Também, estão duramente criticando o “asfalto” colocado nas margens dos 40% concluído. Alegam que não passa de uma pequena camada de brita com garapa de asfalto e não vias de asfaltos como foi anunciado.

Também acham?
Para muitos, engana-se quem acha que a Secretária de Saúde de Patos Ilanna Motta se contenta só com tal secretaria. Anda com toda certeza pensando ir mais longe na vida pública. Acreditam que a mesma será a candidata do partido (PMDB) em nível local para a Assembleia Legislativa no próximo pleito.  Embora, muitos apostam que Nabor será o indicado, mas os mais próximos da atual prefeita veem, atualmente, Ilanna Motta com mais aceitação. É o que também escuto.

Fórum da vergonha
É lamentável o estado de abandono do prédio do Fórum Eleitoral de Patos que leva o nome do advogado Manoel Messias do Nascimento (em memória). Construído em cima de um lixão, com pouco tempo apresentou sérios problemas em toda sua infraestrutura onde tiveram que sair às pressas para reforma. Pelo visto, enquanto a construtora responsável e justiça não chegam a um denominado comum, o prédio quase já não mais existe. O vandalismo adotou e com pouco tempo saqueou tudo. A importância que teve Dr. Messias para Patos merecia coisa melhor e não seu nome numa obra sonrisal.

Tímido
O vereador Toinho Nascimento que chegou nesse pleito a Câmara de Patos pelo voto por merecimento das pastorais, familiares e seus amigos, chega a este poder muito diferente de que todos esperavam. Acreditavam que o mesmo ia chegar com total independência e acima de tudo ditando regras. Chegou calado e sem aquela reação esperada para a decepção de seu gratuito eleitorado.

Vai apoiar?
Bastou o vereador Ivanes Lacerda participar na última da Nova Mesa Diretora da Câmara na chapa encabeçada pela situação, para os especuladores jogarem no ventilador que o mesmo vai votar para federal em Hugo Motta e Nabor para estadual. Será? Novos tempos!!!!
 
Volto a dizer
 A verdade tem que ser dita. Volto a dizer sem medo de está cometendo injustiça. 90% dos acidentes ou mais envolvendo ambulâncias são puramente por imprudência dos motoristas. Se nas cidades colocam em risco suas vidas e a dos outros, nas rodovias nem se fala. Ultrapassam nas faixas permitidas e muito mais nas não permitidas. Que seja no deslocamento com os pacientes e da mesma forma nos retornos. Acredito que com prudência tem mais chance de salvar quem vai doente, como também de evitar de por em risco a vida de quem vem certo nas BRs. É melhor perder um minuto na vida de que a vida no minuto!!!!!