quinta-feira, 29 de março de 2012

Dez motivos para odiar o 'Big Brother Brasil'

Os discursos indecifráveis de Pedro Bial, excesso de ações de merchandising e narcisismo dos participantes fazem do reality show um dos programas mais irritantes da TV
Pedro Bial apresenta a penúltima prova do líder no BBB12, em 22/03/2012
Pedro Bial apresenta a penúltima prova do líder no BBB12, em 22/03/2012 (Divulgação )
A 12ª edição do Big Brother Brasil chega ao fim nesta quinta-feira. Além da definição do novo milionário coroado pelo programa, a final traz também o alívio para muitos telespectadores que não fazem a mínima questão de "dar aquela espiadinha". São muitos os motivos que inspiram a formação de um grupo que não torce para nenhum participante, mas sim para que o BBB acabe mais cedo do que o previsto.
Os discursos indecifráveis de Pedro Bial somados às ações excessivas de merchandising e os gritos de "uhuu", que dominam o programa, são apenas alguns dos elementos que fazem parte da longa lista de motivos para odiar o BBB. Outras explicações são a hegemonia das mulheres siliconadas e as personalidades narcisistas que povoam a casa.

Mulheres siliconadas

Nesta edição, das oito mulheres confinadas, cinco ostentaram seios siliconados. A comissão de frente avantajada, além de chamar ainda mais atenção para as moças em seus biquínis, aumenta as chances de receber um cachê gordo para posar numa revista masculina após a eliminação. 

Shows ruins

Apesar de ser um programa de grande projeção, o BBB acumula, a cada edição, atrações musicais piores do que as outras. Numa tentativa de animar a casa, esta edição teve apresentações de Luan Santana e Michel Teló. Os confinados não escaparam do efeito devastador das músicas e passaram dias repetindo refrãos como “Ei, psiu! Beijo me liga” e “Ai se eu te pego”.

Rebolado

Entra e sai edição mas em todas elas o tal do rebolado está sempre presente. Ele demora para aparecer, mas basta a primeira festa acontecer para as mulheres o colocarem em prática. 

Uhuu!!

Brindes, comemoração, festas. Muitas são as ocasiões, mas o modo de expressar a euforia é sempre o mesmo. Basta um brother começar com o grunhido que é seguido por todos os demais. O comportamento transporta os moradores da casa montada no Projac diretamente para a era dos homens da caverna.

Discursos de Pedro Bial

É quase uma incoerência. A direção do Big Brother Brasil toma como pré-requisito pessoas mais interessadas em aparecer do que pensar para competir no reality show e, mesmo assim, escala um apresentador interessado em exibir sua erudição e sapiência diante das câmeras. A tentativa de Bial em promover algum tipo de reflexão aos citar frases de escritores e filósofos renomados nunca dá certo. Confinados e público quase sempre terminam de olhos arregalados, como se tivessem diante de um discurso chinês.  Melhor seria incluir no kit confinamento exemplares do Guia Prático Para Entender o que Pedro Bial quer Dizer. 

Participantes narcisistas

Almejar ser participante de um reality show já pressupõe um perfil de pessoa interessada em aparecer. O elenco do Big Brother Brasil consegue reunir a nata evolutiva dessa espécie narcisista e viciada no próprio reflexo no espelho. O fato da casa cenográfica ser coberta de espelhos, que escondem as câmeras, eleva essa predisposição dos participantes em se exibirem. Isso explica fenômenos como as manhãs em que Laisa já acordava com a corda toda e dançava com o traseiro empinado em direção às câmeras, ou então, os momentos em que muitos falam sozinhos, numa discussão consigo mesmos. 

Excesso de merchandising

As ações de merchandising na TV nunca são sutis, mas quando realizadas no Big Brother Brasil o descaramento assume proporções irritantes. As provas são criadas mais para mostrar as marcas dos anunciantes do que para testar os participantes. Essa promiscuidade entre o jogo e o departamento comercial da emissora resulta em situações embaraçosas, como uma prova em que os 16 participantes foram obrigados a se enfiar dentro de um carro.  

Participação de Ana Maria Braga

Os brothers até tentam esboçar um ar de surpresa ao darem de cara com a apresentadora Ana Maria Braga no jardim do confinamento, mas a visita é tão inesperada quanto os discursos enigmáticos de Pedro Bial  a cada eliminação. Como o programa Mais Você é exibido de manhã, a brincadeira é sempre a mesma. Ela entra na casa e solta seu indefectível bordão: “Acorda, menina!”

Cordialidade na votação

A desculpa é sempre a mesma, a tal da afinidade não compartilhada. Para não criticar os desafetos no confessionário, e inspirar inimizades entre o público, os brothers abusam da cordialidade na hora de mandar alguém para o paredão. A recusa em apontar os defeitos dos outros transforma o jogo em algo chato e monótono.

Celeiro de subcelebridades

Uma vez ex-BBB, para sempre ex-BBB. A cada ano o Big Brother Brasil despeja nas ruas do Rio de Janeiro uma quantidade de subcelebridades muito maior do que o mercado de publicidade e participação em festas é capaz de absorver. O resultado são pessoas em crise de abstinência que fazem qualquer negócio para voltar a ser o centro das atenções, o que culmina em situações constrangedoras na maioria das vezes. 
veja.abril

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