terça-feira, 19 de março de 2013

Campos volta a afirmar que Brasil precisa de um novo pacto político

Público recebeu o governador com gritos de 'Eduardo presidente' (Foto: Katherine Coutinho / G1)
Público recebeu o governador com gritos de 'Eduardo
presidente' (Foto: Katherine Coutinho / G1)

O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, voltou a afirmar nesta segunda-feira (18) que o Brasil precisa de um novo pacto político e que a desigualdade é o grande 'freio' da economia brasileira atualmente. Campos discursou por pouco mais de 20 minutos para centenas de mulheres que compareceram ao Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, em Olinda, durante as comemorações do Dia da Mulher do governo, e após ser recebidos sob gritos de ‘Brasil pra frente, Eduardo presidente’.
Apesar do discurso ser voltado para as mulheres, Campos falou sobre política econômica, inflação e desigualdade social. “Transformação verdadeira não se dá ao se criar uma Secretaria da Mulher, esse é um passo. Não se dá ao chamar para compor essa secretaria nos arranjos da velha política, mas de identificar uma militante com garra. O Brasil precisa de um novo pacto social e político, porque não vamos arrancar o machismo que temos resquício na vida pública do nosso país com as velhas lideranças políticas carcomidas do Brasil, que nunca assumiram o compromisso de romper efetivamente com esses cacoetes e deformações da máquina pública”, disse o governador, reforçando que não escolhe os componentes de seu governo através de partidos.
Relembrando a eleição de 2006, quando foi escolhido governador do estado, Campos alegou saber que ainda tem muito o que ser feito, voltando ao discurso sobre a necessidade de se fazer mais, porém alfinetando adversários. “Tenho certeza de que temos muito do que fazer, tenho claro que não fizemos tudo, mas acredito que fizemos mais do que muitos  esperavam, fizemos mais que muitos tiveram a chance de fazer e não fizeram”, declarou o governador.

Embora se negue a comentar o pleito de 2014, o discurso desta segunda teve um tom eleitoral, ao ressaltar os feitos do governo, como a redução da violência contra a mulher. “Não é uma tarefa de retórica, ou de fala, é de afirmar uma nova cultura, novos valores, é romper o velho e ter a capacidade de fazer o novo, com respeito ao processo histórico, e fazer ao lado do movimento social, sem fazer como a velha política de cooptar os movimentos sociais", defendeu o governador, que também elogiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como um homem que conseguiu enxergar o povo, mas que, apesar dos avanços, ainda é preciso fazer mais para melhorar as condições de vida dos brasileiros. "As desigualdades continuam ainda hoje sendo o grande freio da nossa sociedade", afirmou.

Katherine Coutinho-G1 PE

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