segunda-feira, 18 de março de 2013

MARANHÃO E CÍCERO PRAGUEJANDO


reprodução - web

Um é do PMDB. O outro do PSDB. E embora essas duas legendas partidárias postem-se em campos distintos no cenário político nacional e estadual, Maranhão e Cícero parecem mais afinados que nunca. Pelo menos nas projeções.

Lideranças que cresceram no vácuo de grandes personagens da vida pública paraibana, Maranhão de Antônio Mariz, e Cícero de Ronaldo Cunha Lima, tanto um quanto outro andam falando a mesma linguagem, esperançosos de que suas previsões se concretizem. Afinal, sabem ambos que suas expectativas políticas futuras dependem diretamente da configuração do que andam afirmando, ou seria praguejando? Porque sabem, igualmente, não terem vôo próprio! 

Trocando em miúdos, Zé Maranhão e Cícero Lucena, aquele sem mandato e este em fim de mandato precisam, para tentar sobreviver na vida pública paraibana, do rompimento do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) com o governador Ricardo Coutinho (PSB). Por isso não fazem outra coisa que não seja afirmar, ou seria praguejar(?), que o rompimento entre aqueles líderes está por um fio, quando não definido! Para ambos, o rompimento ou são favas contadas ou será muito em breve.

A depender de seus dotes visionários, entretanto, não terão a confirmação do que tanto almejam. Afinal, tanto Maranhão quanto Cícero nunca acertaram projeções políticas na Paraíba. Aquele vem perdendo eleições faz pouco mais de uma década, e este perdeu um bocado não faz muito tempo, embora sempre previram retumbantes vitórias.

É bem verdade que o tempo vai desgastando uma relação também na política, e isso não é novidade e nem exclusividade de Cássio e Ricardo. Aconteceu com Braga e Burity, com Cícero e Cássio, com o próprio Maranhão e Ronaldo, e por aí vai... . Mas entre as pregações de Maranhão e Cícero que o afastam do governador e lhe colocam na condição de pré-candidato ao Governo do Estado e permanecer no Senado Federal apoiando uma administração bem avaliada no eleitorado, e dele receber em troca apoio total para uma volta ao Palácio da Redenção em 2018, me parece que o calejado senador Cássio optará pela segunda hipótese.

Por que arriscar 2014, quando se tem um mandato de senador por mais quatro anos, podendo ter mais apoios em 2018? Fora isso, há a palavra empenhada de Cássio que por ‘n’ vezes afirmou à imprensa que não deseja disputar o Governo em 2014 e que prefere manter a aliança de 2010 com Ricardo! Palavra vale ou não? Para Maranhão e Cícero parece que não.

A estratégia de ambos é simples: afastar Cássio e Ricardo e neles se aboletarem como sanguessugas buscando energia eleitoral para tentarem conquistar mais oito anos no Senado da República! É um jogo, e como todo jogo, vale tudo. Até praguejar!

Fernando Caldeira-PolíticaPB

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